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O vereador Rafael Bueno (PDT) se manifestou da tribuna do Legislativo, na manhã desta quinta-feira (21/02), e mostrou contrariedade ao projeto da Reforma da Previdência apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), nesta quarta-feira (20/02), ao Congresso Nacional. O texto propõe idades mínimas de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres, e fixa um mínimo de 20 anos de contribuição. A proposta não inclui os militares, e o governo deverá enviar em 30 dias ao Congresso um projeto para tratar da aposentadoria da categoria. O pedetista acredita que a reforma como foi proposta aumentaria a massa de miseráveis no país.
Durante a campanha eleitoral, em 2018, Bolsonaro disse que a idade mínima de 65 anos era "falta de humanidade". Na época, salientou que o desequilíbrio das contas públicas não tinha qualquer relação com a Previdência e que jamais atuaria para levar "miséria" aos aposentados por exigência do mercado financeiro. Mas, segundo Bueno, o projeto apresentado penaliza o trabalhador, coloca as futuras gerações em risco de saúde fisica e mental e não acaba com as desigualdades.
"Eu não votei no presidente Jair Bolsonaro, agora, a grande maioria dos parlamentares da nossa Câmara votou no projeto do presidente Bolsonaro. E ele falou durante toda a campanha eleitoral sobre a Reforma da Previdência. Os políticos tem que cuidar muito bem dos seus discursos porque foram para a imprensa para ganhar popularidade apoiando Bolsonaro. Qual era o discurso de campanha? questão do armamento, da ideologia e da Reforma da Previdência. É certo uma pessoa que trabalhou a vida inteira ganhar um salário mínimo e quem trabalha pela previdência pública, quem trabalha nos governos, seja municipal, estadual ou federal, ganhar um outro tipo de salário?", pondera.