Voltar para a tela anterior.

Vereador Rafael Bueno presta solidariedade a homem humilhado no banheiro público

Irineu Seibert não pediu para ser molhado com mangueira e quer justiça para o caso que ocorreu em Caxias do Sul e teve repercussão nacional


O vereador Rafael Bueno/PDT visitou, na manhã desta quinta-feira (24/01), o morador de Caxias do Sul Irineu Seibert, 56 anos. O homem foi internado em um hospital após a divulgação de um vídeo que ele aparece no banheiro público da Praça Dante Alighieri, no Centro, sendo molhado com uma mangueira por um vigilante de uma empresa terceirizada pelo município. As imagens chegaram ao parlamentar e foram divulgadas nas suas redes sociais na noite de sexta-feira (18/01). A partir das cenas e da ampla divulgação, o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil começaram a investigar o caso, que teve repercussão por meio de emissoras de tevê, rádios, sites e jornais, além de milhares de compartilhamentos nas mídias sociais.

Ao lado de Elaine Colussi, assistente social, e Luiz Lima, consultor em problemas com alcoolismo, Irineu aceitou conversar com o vereador, lamentou o episódio e pediu que a justiça seja feita. O parlamentar se solidarizou com a situação e lembrou que casos como esses não podem ser reproduzidos contra ninguém.

"Fiz a primeira denúncia pública e prometi que esse assunto não cairia no esquecimento. Tanto que, agora, Polícia Civil e Ministério Público estão investigando, e a própria prefeitura resolveu se manifestar, mesmo que tardiamente", declarou Bueno.

O homem contou que antes da humilhação - a qual não lembra exatamente em que noite ocorreu, mas acha que foi no começo de janeiro - teve uma "dor de barriga meio forte" e procurou o banheiro público. Antes, ele havia jantado num restaurante do bairro São Pelegrino e subido a Rua Sinimbu a pé, amparado por uma bengala. Ele relata que não costuma ir na praça, a não ser para usar o banheiro.

"Me obriguei a ir no banheiro e fiquei mais ou menos uns 10 minutos sentado no vaso. De repente, começou a vir água por cima da porta e a molhar tudo. Tive que sair. Vi dois sujeitos e eles continuaram a me molhar pra valer", narrou.

Um vigilante que aparece nas gravações alegou em entrevista à imprensa que foi Irineu quem pediu para ser molhado porque estaria com calor. O homem se defende:

"Não, não. Imagina que eu faria uma coisa dessas. Eu não conhecia eles, nunca os vi."

O homem disse que ficou "indignado" e não teve como ouvir o que os vigilantes falavam a ele devido à água jogada no seu rosto e ouvidos. A vítima foi xingada com palavrões como "vamos, meu", "sai daí, demônio", "vamos, carniça", "vai tomar banho, fedorento", segundo atestam as imagens captadas no banheiro.

"Até pensei que fosse maus elementos", associou.

Emocionado, Irineu, que é separado e pai de dois filhos adultos, criticou a atitude dos vigilantes. Ironicamente, era como vigilante que ele trabalhava antes de ter sido acometido por um AVC há pouco mais de cinco anos e ter que se aposentar. Em decorrência da doença, teve a fala e o caminhar prejudicados.

"A atitude deles (vigilantes) foi muito desrespeitosa. Por fazer o que fizeram para mim, podem cometer esse tipo de ignorância contra qualquer um, até com uma criança, um bichinho. Para mim, na verdade, eles nem gente são. Devem ser piores que animais, que não fazem o que eles fizeram".

Por fim, encaminhou agradecimento para as milhares de pessoas que se solidarizaram com o episódio: "Essas pessoas estão sabendo distinguir bem o certo do errado".

24/01/2019 - 14:51
Gabinete do Vereador Rafael Bueno/PDT
Câmara Municipal de Caxias do Sul

As matérias publicadas neste espaço são de total responsabilidade dos gabinetes dos vereadores.

Ir para o topo