Há um mês, o Legislativo caxiense debateu a questão do Rio Grande do Sul ser o único estado a estar fora do projeto nacional da malha ferroviária, segundo o vereador Adiló Didomenico/PTB. Ele se pronunciou durante a sessão ordinária desta quinta-feira (14/06) e destacou ser preciso trazer o assunto à pauta novamente, pois é inadmissível o descaso do governo federal sobre o assunto e a falta de união dos deputados federais e senadores, para cobrar, no Congresso, a inclusão do estado. “É uma discriminação. Ao mesmo tempo, demonstra que não tem união entre a bancada federal gaúcha”, avaliou.

Como alternativa, Adiló apresentou um projeto prévio, por meio do qual o estado faria parte da malha ferroviária nacional. Explicou que a elaboração coube a um estudioso da área, Nilo Laschuk, que trabalhou como projetista da Marcopolo por mais de 30 anos. Disse que a prévia faria com que o trecho passasse por Erechim, Vacaria, fosse até a BR-101 e pudesse ainda interligar com a ferrovia catarinense, passando pela BR-101 até Porto Alegre.

Adiló apresentou, também, uma ramificação para o futuro aeroporto de Vila Oliva e possibilidades de ligações com Caxias do Sul e região. Outro traçado da ferrovia passaria por dentro de Santa Catatina e iria até Caçapava, onde já existe uma ferrovia que tem todas as ligações para o porto de Rio Grande.

O vereador Felipe Gremelmaier/PMDB ressaltou que a função dos deputados e senadores são lutas como a da malha ferroviária e que a bancada federal briga entre si e não pensa no Rio Grande do Sul. Em questão de desenvolvimento, o peemedebista lembrou que outras áreas podem ser afetadas, se o estado gaúcho estiver fora do projeto nacional. O vereador Wagner Petrini/PSB citou a greve dos caminhoneiros, para apontar como a região é dependente do transporte por meio de caminhões, além de comentar sobre a malha ferroviária dos Estados Unidos.