Voltar para a tela anterior.
Desde domingo (28/12), policiais militares vêm fazendo protestos pela morte de pelo menos 12 colegas que foram assassinados neste ano no Rio Grande do Sul. No final da tarde desta segunda-feira (29/12), os protestos ocorreram na BR-116, em frente ao Monumento ao Imigrante. O grupo questiona a falta de apoio do comando da Brigada Militar, da Secretaria de Segurança e do próprio Governador do Estado.
Além disso, protestam contra a ineficácia da legislação penal, que coloca em liberdade autores de crimes violentos. O grupo chama a atenção para a necessidade de acelerar a tramitação de um projeto de lei do deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) que tramita na Câmara desde o ano passado, e prevê tornar crime hediondo qualquer atentado contra policiais e os familiares deles. Crime hediondo é o crime considerado de extrema gravidade. Em razão disso, recebe um tratamento diferenciado e mais rigoroso do que as demais infrações penais. É considerado crime inafiançável e insuscetível de graça, anistia ou indulto.
As mortes que revoltaram os PMs foram registradas em menos de 24 horas. No sábado (27/12), um sargento da Brigada Militar foi abordado por dois homens em uma moto quando chegava em casa, em Gravataí. Sílvio Rodrigo dos Santos, 38 anos, reagiu e foi baleado durante a troca de tiros. No domingo, um militar da reserva morreu a tiros em Cachoeirinha. Rosvel Jesus Dendena, 44, também reagiu durante uma tentativa de roubo de veículo e foi baleado por dois homens. O policial morreu enquanto recebia atendimento no hospital. Policiais Civis também estão descontentes e já organizam protestos.