O vereador Rafael Bueno/PCdoB protocolou nesta quinta feira (23/01), um projeto de lei complementar, que altera legislação para as novas edificações em Caxias do Sul. A proposta faz com que os prédios a serem construídos tenham elevadores aptos a transportar macas, para os atendimentos de urgência e emergência, quando necessário. 

A proposição vem atender ao pedido da equipe de enfermagem do SAMU Caxias do Sul, que é coordenado pela enfermeira Cintia Demenegui, que destaca a importância do projeto:

"É importante esse olhar voltado para as urgências, sobretudo para as dificuldades que o serviço passa com relação a infraestrutura dos prédios", a enfermeira ainda complementou, recebendo o apoio de outros funcionários, "Esse projeto trará maior agilidade nos atendimentos que o SAMU realiza".

Muitos enfermeiros que trabalham no socorro à vítimas, relatam que diversas vezes o atendimento é prejudicado, já que o paciente não conta com o transporte necessário. Segundo eles ainda, em muitos atendimentos a vitima tem de ser carregada em pé, em uma maca rígida, o que dificulta alguns procedimentos, como a massagem cardíaca. 

O parlamentar proponente, afirma: "É um desafio socorrer um paciente que se encontre nos andares mais elevados de um edifício, sem que se possa fazer uso dos elevadores porque estes equipamentos, em seus formatos regulares, não comportam uma maca". E complementa: "Ao transtornar o trabalho de socorro do paciente, põe-se em risco sua integridade, tanto pelo desconforto no transporte por meio da escadaria, quanto pela demora no socorro". Questionado também sobre a possibilidade de rejeição do projeto por parte das construtoras, o parlamentar pondera: "Nota-se nas novas edificações a preocupação de oferecer uma estrutura confortável. Se as construtoras investem em estruturas de esporte e lazer, que deixam o preço final ainda mais elevado, por que não promover o investimento em uma ferramenta de segurança para os moradores?", frisou Rafael.

 Se aprovada, os elevadores, nas novas edificações, terão que o ter o tamanho de 2,2m por 1,1m, o qual suporta tranquilamente uma maca, bem como os enfermeiros e médicos envolvidos no atendimento. O projeto agora tramita nas comissões da Câmara de Vereadores.