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Durante a Sessão Ordinária desta quarta-feira (17), o Vereador Assis Melo/PCdoB relatou, da tribuna, os fatos ocorridos entre os funcionários da empresa Randon, Sindicato dos Metalúrgicos e Brigada Militar. Na última quarta-feira (10), os funcionários da empresa Randon paralisaram a produção. O motivo do protesto foi pelo descontentamento com o percentual recebido pelo Programa de Participação de Resultados da empresa. Os fatos culminaram na última sexta-feira (12), com um conflito entre os Sindicato dos Metalúrgicos e Brigada Militar, que acabou na detenção do Vereador e Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Assis Melo. De acordo com Assis a empresa não dialogou o suficiente com os trabalhadores, não ouviu os argumentos do sindicato. Numa reunião na qual um lado pergunta e o outro diz que não, não é diálogo e sim imposição.
Assis disse que cumpriu a decisão judicial de estar afastado a mais de 100 metros da empresa, mas que mesmo assim a Brigada Militar estava disposta a prendê-lo. Na manhã de sexta-feira mesmo estando a mais de 200 metros da porta da empresa o comandante da Brigada Militar naquele turno estava disposto a me prender, queriam me tirar dali, já que eu era o responsável pela manifestação.
O Vereador reclamou da truculência da polícia na hora da detenção e também no momento que estava na delegacia algemado. Enquanto eu estava na viatura os policias que me acompanharam foram desrespeitosos comigo e depois me deixaram algemado por mais de uma hora na delegacia dizendo que tinham perdido a chave das algemas, precisou a Comissão de Direitos Humanos intervir.
Assis Melo comentou a decisão Judicial emitida nesta quarta-feira (17), de que as manifestações sindicais devem cessar em frente a empresa Randon. A determinação partiu do juiz da 2ª Vara do Trabalho, Guilherme da Rocha Zambrano, após julgar ação impetrada pelo advogado trabalhista do grupo Randon. Essa decisão partiu de um homem que deveria zelar pela constituição, vamos respeitar a decisão mas vamos recorrer. Quando o nosso povo começa a experimentar o gostinho da democracia e o livre direito de protestar vem uma decisão reacionária destas.
O Vereador refutou as opiniões que foram emitidas por alguns órgãos de imprensa que afirmaram que Assis estaria usando a Presidência do Sindicato e os acontecimentos da última semana para se promover. Disse ainda que só quer defender os direitos dos trabalhadores, denunciar a falta de sensibilidade e de diálogo da direção da empresa e informou que encaminhará uma denúncia à Polícia Federal contra a Brigada Militar, sobre os atos de truculência da Brigada no momento da detenção e enquanto estava na delegacia, atos esse que qualificou como tortura.