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Comissão de Direitos Humanos quer maior agilidade no gabinete de gestão integrada

Até o final deste ano, Caxias do Sul deverá receber 34 policiais comunitários


A necessidade de maior agilidade no gabinete de gestão integrada (GGI), da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social, está entre as preocupações da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança. Em audiência pública, na tarde desta segunda-feira (07/11), no plenário da Câmara, a presidente da comissão, vereadora Denise Pessôa/PT, enfatizou que Caxias do Sul precisa integrar a Brigada Militar, a Polícia Civil e a Guarda Municipal e outros órgãos que possam contribuir com a melhoria da segurança.

Na reunião, o secretário de Segurança, Roberto Soares Louzada, esclareceu que os trabalhos do GGI caxiense encontram-se em fase inicial. Esse gabinete resulta da adesão do município ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A próxima reunião do chamado GGI está prevista para o final de novembro.

O coordenador de Polícia Comunitária do RS na Paz, projeto do governo estadual, coronel Júlio César Marobin, confirmou que, até o final deste ano, Caxias do Sul deverá contar com 34 policiais comunitários. Detalhou que o convênio, de três anos iniciais, abrangerá 18 bairros da área central, que aponta os maiores índices de furto e roubo da cidade. Os policiais vão morar nos bairros onde atuarem, tendo horários compatíveis com as demandas de cada localidade, afirmou.

Marobin destacou, ainda, que o policiamento comunitário receberá dez viaturas, o que corresponde a um veículo para cada núcleo de segurança. O estado destinará R$ 700 mil e o município custeará os aluguéis das moradias dos oficiais.

Para Louzada, a modalidade comunitária levará a reduções nos índices de criminalidade. Referiu que, em 2010, a secretaria investiu R$ 1,5 milhão em segurança e que outros R$ 177 mil serão empregados na aquisição de mais 15 câmeras de vigilância.

Enquanto isso, o comandante regional de Polícia Ostensiva da Serra, coronel Nicomedes Barros Vieira Junior, ressaltou que, até o final de outubro passado, em Caxias, mais de 2.810 pessoas foram presas, o que representa aumento de 24% em relação a 2010. Além disso, em igual período, como pontuou Barros, os homicídios diminuíram 18%, saindo de 113 para 93.

Entre outros dados desse balanço do policiamento ostensivo, que compara 2011 (até outubro) com o ano anterior, consta elevação de 53% em armas apreendidas, de 202 para 309. Também houve crescimento na captura de traficantes presos, na ordem de 39%, de 470 para 651. Quanto a drogas apreendidas, no período em questão, o acréscimo no caso da cocaína alcançou a faixa de 53,87%.

O diretor-executivo do Consórcio Metropolitano, Alberto Kopittke, trouxe experiências da Secretaria de Segurança de Canoas, pasta que chefiou em 2009 e 2010. Atentou que, ao puro e simples combate à violência, ações preventivas merecem a prioridade. Comentou que, nos últimos três anos, aquele município vem trabalhando sob quatro eixos: inclusão e coesão social, gestão integrada (União, estado e município), inteligência e policiamento comunitário. Conforme ele, R$ 36 milhões, entre recursos federais, estadual e da cidade, auxiliaram na estruturação do gabinete de gestão integrada, incluindo fiscalização ostensiva à noite.

Kopittke salientou o Protejo, iniciativa que, no bairro Guajuviras, tido como violento, com mais de 70 mil habitantes, levou à redução de 74% do número de homicídios, em dois anos, na localidade. Comemorou, ainda, a reinserção de jovens nas escolas. Citou dados da Organização das Nações Unidas, pelos quais o Brasil figura como responsável por 10% dos homicídios praticados no mundo.

O vereador Renato Oliveira/PCdoB apoiou parcerias entre as polícias. Pediu mais áreas de lazer e a construção de casas populares. A seu ver, as medidas auxiliaram a impedir o tráfico de drogas. O vereador Mauro Pereira/PMDB criticou recentes alterações na legislação penal. Sobre o assunto, o presidente da União das Associações de Bairros, Valdir Walter, exigiu a reformulação do Código Penal.

Além da presidente Denise, integram a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança os vereadores Ana Corso/PT, Mauro Pereira/PMDB, Renato Oliveira/PCdoB e Renato Nunes/PRB. Ana prestigiou a reunião de hoje.

07/11/2011 - 19:53
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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