A luta para que os atuais funcionários tenham a gratificação por escolaridade está entre as pautas de reivindicação do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv), João Dorlan. No espaço da Tribuna Livre, no início da sessão ordinária desta quinta-feira (27/10), ele enfatizou a tentativa de sensibilizar o governo e os vereadores, a fim de corrigir o que chamou de injustiças históricas.

O dirigente também criticou o destaque na mídia aos ditos supersalários. Não são benefícios gratuitos, mas, conquistas funcionais. É preciso alertar que o servidor público não tem plano de carreira, nem fundo de garantia. Ele também contribui com 11% dos seus vencimentos para o fundo de amparo aos servidores, para conquistar uma aposentadoria digna, observou.

Dorlan considerou inaceitável a tentativa de aumento da jornada de trabalho para os próximos concursados, na ordem de 40 horas semanais, como propõe o Executivo. Sustentou que o debate sindical caminha para reduções de jornadas, sem mexer nas remunerações dos trabalhadores. Discordou, ainda, do processo de terceirizações de serviços. A seu ver, a prática precariza o serviço público do município, além de ser ilegal.

O sindicalista também salientou a continuidade da política de correção trimestral dos salários dos servidores, com base na inflação. A propósito, na plenária de hoje, foi aprovada a atualização de 0,98%. Lembrou que essa prática ocorre desde 1997.

O presidente aproveitou para convidar os vereadores para a inauguração da nova sede do Sindiserv, a ser realizada no próximo dia 20 dezembro. Citou, ainda, o funcionamento do portal da transparência do sindicato, em vigor desde abril de 2010. Disse estimar que, até o final deste ano, o Executivo envie à Câmara proposta para combater o assédio moral, no serviço público.

Filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Sindiserv representa oito mil servidores, entre ativos e inativos, sendo que 4,6 mil estão sindicalizados.