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Após o governo federal apresentar ao Congresso Nacional o projeto de lei que remodela o imposto de renda (IR), o vereador Alexandre Bortoluz/PP reagiu na sessão ordinária desta quinta-feira (20/03). A medida prevê a ampliação do valor de isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles que ganham até R$ 5 mil mensais. Hoje, o benefício está limitado a remunerações de até R$ 2.824,00 ao mês.
Para compensar os efeitos de arrecadação, o governo quer taxar em até 10% rendas superiores a R$ 600 mil no ano, o que dá cerca de R$ 50 mil por mês, com o chamado imposto mínimo. Para entrarem em vigor em 2026, as novas regras dependerão da aprovação de deputados e senadores, além da sanção presidencial.
De acordo com o vereador, a medida é uma tentativa de aumentar a popularidade do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para o período eleitoral do ano que vem. “No futuro, as consequências apresentarão mais malefícios à população mais pobre”, garantiu Bortoluz. Pela proposta, ainda, quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.000 terá um desconto, o que fará com que pague menos imposto.
O progressista apontou que concorda com a justificativa de garantir as justiças social e tributária e promover o poder compra aos cidadãos que ganham menos que a quantia estabelecida, mas, também, enxerga que o projeto escancara o ‘ódio seletivo aos ricos’, uma vez que, de acordo com ele, políticos de esquerda e a ‘elite do funcionalismo público’ com seus ‘supersalários’, não são mencionados nas críticas a quem acumula grandes fortunas.
Ele também teceu críticas às decisões do governo federal em relação à economia. Disse que aprovaria a decisão se a medida viesse de um governo excepcional. “Mas, após inúmeras irresponsabilidades fiscais, a isenção do IR preocupa em relação a futuras dívidas e crises econômicas”, observou.
Além das críticas, o parlamentar apontou que políticas mais liberais trariam mais benefícios à situação econômica do Brasil, utilizando o exemplo da Argentina que, de acordo com ele, atingiu o 13º superávit fiscal em 14 meses de governo Milei. Ele também apontou que os altos índices de juros, no Brasil, poderiam ser reduzidos através da austeridade fiscal, medida que aumenta impostos e reduz os gastos públicos.