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Vereadores conferem estrutura da Maesa – Fábrica 2

A visita ao complexo da antiga Metalúrgica Abramo Eberle S. A., no bairro Exposição, foi agendada pela Frente Parlamentar ‘A Maesa é Nossa’, presidida por Rafael Bueno/PDT


Os parlamentares caxienses visitaram, nesta sexta-feira (14/03), o complexo da antiga Metalúrgica Abramo Eberle S.A. (Maesa), localizado no bairro Exposição. A atividade foi agendada pela Frente Parlamentar "A Maesa é Nossa", presidida pelo vereador Rafael Bueno/PDT, que defende agilidade no uso do espaço por parte da população. Na área de 53 mil m², que foi repassada pelo Estado ao município, em 2014, há 19 prédios. Atualmente, apenas funcionam no local a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade; a Divisão de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural (DIPPAHC) da Secretaria Municipal da Cultura (SMC); o Banco de Materiais e parte da estrutura da Guarda Municipal.  

“O que a gente quer é a população aqui dentro. União, resistência e memória compõem a luta pela Maesa, que foi abraçada pela Câmara, pela União das Associações de Bairros (UAB) e várias outras entidades. Conseguimos a transferência desse espaço do Estado ao município através do então prefeito Alceu Barbosa Velho/PDT (2013-2016) e do governador Tarso Genro/PT (2011-2014). Temos visitas guiadas e a Feira da Maesa Cultural, mas a gente quer é estar aqui dentro, porque o que estamos vendo é a Maesa sendo tombada no chão por falta de manutenção”, enfatizou Bueno, ao solicitar ao município a reativação do Comitê que existia para tratar da ocupação do espaço.

No momento, a prefeitura tem em andamento a licitação do Mercado Maesa, cujo prazo para a abertura dos envelopes das propostas foi prorrogado até 31 de março de 2025, às 9h. O objeto é a concessão dos serviços e obras de restauro, reforma, gestão, operação, manutenção e conservação do Mercado Maesa, envolvendo 13 mil m² (seis blocos/prédios).

O vice-prefeito Edson Néspolo/UNIÃO explicou que o processo demanda um investimento privado, e os interessados desejam ter garantia de retorno. “Não tem saída mágica. São R$ 50 milhões para começar essa história, mas ninguém vai colocar esse recurso, se não vislumbrar perspectivas, lucro”, explica Néspolo, apontando como alternativas iniciais para reforçar a atração de investidores para o mercado público a organização de um sistema para estacionamento e a colocação de secretarias com grupo funcional maior, como da Educação, dentro da Maesa.  

     Diante da manifestação do vice-prefeito, o presidente da Câmara, vereador Lucas Caregnato/PT, fez o convite para representantes da prefeitura irem até o Legislativo para  apresentar a intenção de levar mais secretarias ao complexo, apresentando eventual cronograma. Caregnato também parabenizou a Frente Parlamentar “A Maesa é Nossa” por provocar o debate em torno da ocupação.   

     A visita pelos principais prédios do complexo foi guiada pela arquiteta Rosana Guaresi, da DIPPAHC da SMC. Ela mostrou alguns aspectos estruturais, considerando a representação histórica que envolve desde a matéria-prima usada e o estilo da construção até as memórias de uma família empreendedora, uma empresa, seus colaboradores e seu legado.

Presidente do Conselho Estadual da Cultura, a jornalista Rubia Frizzo, que também já escreveu uma obra a respeito da Maesa, especificou características de alguns espaços, mencionando sugestões e planos de utilização para eles. “Queremos que a Maesa seja o nosso Cais Mauá (numa referência a espaço de preservação e lazer da Capital gaúcha), só que o tempo é crucial para recuperá-la”, alertou.

Também se manifestou durante a visita a secretária municipal da Cultura, Tatiane Frizzo, destacando o valor do lugar enquanto patrimônio histórico e cultural. Disse ainda que há todo um esforço do município para a preservação e uso do complexo. A diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv) e integrante do Conselho de Cultura, Claudia Calloni, relatou o empenho de diversos sindicatos para constituir o Museu da Trabalhadora e do Trabalhador, no prédio 1, onde funcionou a fundição da Eberle. Para dar a largada a esse projeto, Claudia informa que há R$ 900 mil de uma emenda parlamentar designada pela deputada federal Denise Pessôa/PT.

Ainda acompanharam o encontro, entre outras autoridades e servidores municipais, os titulares da Casa Civil, Roneide Dornelles, e da Secretaria de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Marcus Vinicius Caberlon. Da Câmara, marcaram presença, além do presidente da Frente Parlamentar “A Maesa é Nossa”, Rafael Bueno/PDT, e do presidente da Casa, Lucas Caregnato/PT, os legisladores Calebe Garbin/PP, Daniel Santos/Republicanos, Edson da Rosa/Republicanos, Rose Frigeri/PT, Pedro Rodrigues/PL, Aldonei Machado/PSDB, Claudio Libardi/PCdoB, Wagner Petrini/PSB, Sandra Bonetto/NOVO e Andressa Marques/PCdoB. Integram a Frente Parlamentar "A Maesa é Nossa" os vereadores Sandra Bonetto, Rafael Bueno (presidente), Andressa Mallmann/PDT, Andressa Campanher Marques (secretária), Estela Balardin da Silva/PT, Rose Frigeri, Daniel Souza dos Santos e Elói Frizzo/PSB (vice-presidente).

 

Saiba mais sobre o Complexo da Maesa:

- O prédio da Metalúrgica Abramo Eberle S/A - Fábrica 2 foi construído em 1948. Inspirado nas construções inglesas da região industrial de Manchester, se destacou como a maior e mais importante indústria metalúrgica de Caxias do Sul na primeira metade do século XX. Fundamental para o crescimento urbano, hoje é patrimônio histórico.  São 53 mil m² de área na Rua Plácido de Castro, bairro Exposição.

-  A sanção de projeto de lei de transferência da Maesa para o município de Caxias do Sul foi assinada pelo governador da época, Tarso Genro, em  de dezembro de 2024, quando entrou em vigor a lei 14.617/2014).  No período, parte do prédio estava sendo locada para a empresa metalúrgica Voges.

- Confira a Cartilha sobre a Maesa: https://www.camaracaxias.rs.gov.br/upload/files/A%20maesa%20%C3%A9%20nossa.pdf
 

14/03/2025 - 15:56
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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