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Os 93 anos da conquista histórica do direito ao voto feminino, no Brasil, ganhou atenção no pronunciamento da vereadora Rose Frigeri/PT. Ela se manifestou durante a sessão ordinária desta terça-feira (25/02). Detalhou a luta que levou as mulheres a conseguirem votar, fato acontecido em 24 de fevereiro de 1932.
A parlamentar contou sobre o fato da população feminina conquistar o direito de votar após 400 anos em relação aos homens, por não serem consideradas cidadãs. Disse que a conquista foi possível através da assinatura do Código Eleitoral pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, que assegurou o direito às mulheres de participarem nas eleições, pela primeira vez na história do país. A população masculina já possui o direito ao voto desde 1532.
Durante a sua manifestação, a petista relatou que o pleito começou ainda no final do século XIX, com o movimento feminista organizado. Comentou que, à época, para justificarem a falta desse direito, senadores e deputados adversários ao voto feminino faziam discursos por ela considerados preconceituosos e depreciativos. “Para ele, as mulheres deveriam permanecer limitadas à vida doméstica e controladas pelos maridos, para que não causassem um dito caos social no país”, observou.
De acordo com Rose, entre outros argumentos utilizados por políticos até o século XX, está o pensamento de que as mulheres não precisavam votar, pois tinham um marido que podia fazer isso por elas. Ainda após a liberação do direito ao voto feminino, só podiam votar as mulheres autorizadas pelos maridos, e as solteiras precisavam ter renda própria para conseguirem efetuar o voto.
A petista também falou sobre o fato de a primeira mulher eleita no Brasil ocorrer apenas no ano de 1959. “Hoje, ainda temos uma grande diferença entre as mulheres que podem votar e as mulheres que são votadas”, observou. Conforme a vereadora, a média brasileira aponta que a quantidade de parlamentos com mulheres é menor que 18%, o que demonstra que a luta pelas causas feministas precisa continuar.