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O aumento na quantidade de inscritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último domingo, motivaram comemorações da vereadora Estela Balardin/PT. Na sessão ordinária desta quarta-feira (06/11), a parlamentar salientou que, entre 2022 e 2024, houve ampliação de 27% nas inscrições. Citou que, na relação deste ano com o anterior, o índice de estudantes do 3º ano do Ensino Médio que fizeram as provas saltou de 58% para 98%. Lembrou que ela chegou à faculdade por meio do Enem.
De acordo com a petista, o resultado também pode ser atribuído à chamada política do Pé-de-Meia do governo federal, por meio da qual todo estudante de escola pública recebe um auxílio. Disse que, ao realizar a prova, o aluno é contemplado com mais uma parcela neste mês de novembro. Acrescentou que a medida evita a evasão escolar.
Estela destacou o tema da redação desta edição do Enem: "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Na ótica dela, a temática se encaixa com o fato de, neste ano, pela primeira vez na história, ser feriado nacional o 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Nacional. A novidade está na lei federal 14.759/2023, que partiu de iniciativa do senador Randolfe Rodrigues/PT-AP. “Outra legislação dá conta de que a cultura africana seja ensinada em todas as escolas públicas. Só que ela ainda não é efetivamente aplicada”, lamentou.
Em seguida, a vereadora Rose Frigeri/PT recordou que, no período de faculdade, o currículo não continha estudos sobre a África, continente que conta com 53 países. Relatou que o panorama só se baseava na visão europeia de mundo. “O Brasil é um dos países mais avançados em leis. Mas, é necessário cumpri-las”, alertou.
Ao término do pronunciamento, a vereadora Estela ressaltou que os efeitos da Lei Áurea, que aboliu a escravidão em 1888, ainda ecoam no presente. Advertiu que, naquela época, os negros foram libertados sem acesso a direitos básicos. Para ela, aquele contexto influencia no fato de, por vezes, aspectos culturais de matriz africana ainda serem tratados com viés marginalizado.