No espaço dedicado ao Grande Expediente, na plenária desta quarta-feira (19/06), o vereador Rafael Bueno/PDT abordou duas temáticas. Começou com a audiência pública convocada para esta quinta-feira (20/06), em Farroupilha, a qual vai tratar do anúncio da instalação de um campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na Serra Gaúcha. Segundo ele, não deve haver uma disputa quanto à determinação do local da nova sede, por não favorecer a luta pela conquista da universidade federal. Neste momento, o pedetista entende ser oportuno unir forças em torno de Caxias como sede. “Que bom que alguns municípios estão se colocando lado a lado conosco, mas que essas audiências sirvam pra unificar a luta do polo aqui em Caxias do Sul, porque Caxias do Sul é o pai, a mãe, o padrinho e a madrinha dessa luta!”, argumentou.

Bueno reforçou o convite de lideranças e da comunidade para uma audiência pública que vai ocorrer na Câmara caxiense, no próximo dia 27. Aproveitou para defender a instalação de todos os tipos de curso, com prioridade inicial em áreas que fortaleçam a formação de alunos que agreguem na economia da região. A expectativa inicial é de 5 mil estudantes em seis cursos, que não devem conflitar com o Instituto Federal.  Também sugeriu a abertura de um canal oficial do Parlamento Municipal para que a população possa participar e opinar com facilidade sobre o rumo das prioridades da universidade.

O legislador ainda apresentou uma clipagem do histórico da luta pela UFRGS, novamente alertando para que não haja uma competição entre os municípios. Percebe, entretanto, desinteresse das lideranças da Universidade de Caxias do Sul (UCS) na instalação do campus federal em Caxias e como isso dificulta no processo. Ele defendeu a desocupação do campus 8 pela UCS pra tornar o espaço disponível pra implantação do campus federal, além de citar outros possíveis endereços.

O vereador aproveitou os minutos finais de seu grande expediente para abordar um segundo assunto: as cozinhas comunitárias construídas nas periferias da cidade que não tiveram continuidade. Alertou para a relevância do combate à fome. “Quem tem fome precisa se alimentar, e não é catando das lixeiras ou vivendo com restos. As pessoas precisam de uma alimentação equilibrada e saudável”, avalia.

Bueno apresentou um edital de um chamamento publico conforme a lei 14.628 que institui o programa Cozinha Solidária, visando à seleção de entidades gestoras para celebrarem o termo da implementação do programa. A Associação Mão Amiga deve comandar as ações em Caxias, reativando os restaurantes comunitários, oferecendo refeições gratuitas e de qualidade, destinadas prioritariamente a pessoas em vulnerabilidade social e à população em situação de rua.

Das 78 cidades selecionadas no Brasil, três são do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, São Leopoldo e Caxias do Sul. “É uma vitória às pessoas que, muitas vezes, tem como única refeição o que catam no lixo, onde a comida acaba se misturando a outros resíduos”, observa Bueno, se comprometendo a conversar com o Frei Jaime Bettega a respeito, para acelerar o processo.