Voltar para a tela anterior.

Professora de Psicologia da UCS alerta sobre perigos do assédio sexual

Vialana Salatino explicou que os casos têm aumentado e muitos nem são denunciados


A professora de Psicologia da Universidade de Caxias do Sul Vialana Salatino trouxe ao plenário do Legislativo caxiense, nesta quarta-feira (22/11), um alerta: é preciso coibir e denunciar casos de assédio sexual em ambientes de trabalho. Da tribuna, ela não apresentou números porque muitas ocorrências não são oficializadas, mas adiantou que, neste ano de 2023, há o dobro de casos de assédio sexual denunciados ao Ministério do Trabalho na comparação com 2022. De acordo com a docente, as consequências desse ato são diversas.

“Quando as pessoas passam por isso, sentem muitas reações emocionais. É um trauma grande, principalmente quando a gente trabalha num local que necessita para a subsistência”, observa.

No caso do serviço público, ela considera ainda mais difícil porque costuma ser praticado por algum superior e as vitimas resistem a abandonar um concurso que fizeram por causa de um assédio sexual. “Assim, as vítimas se sentem sozinhas. Não têm a quem recorrer porque envolve alguém maior na hierarquia. Sentem vergonha porque outros ficam sabendo. Ninguém defende e, quando defende, sofre as consequências junto. Por isso, a vítima precisa de atendimento psicológico”, atesta, comparando o trauma a sofrimentos decorrentes dos campos de concentração e de desastres aéreos.

Conforme Vialana, muitas vezes, o assédio sexual se transforma em abuso ou estupro na primeira oportunidade que o agressor tem. Nesse sentido, ela pediu a atenção dos vereadores e da comunidade para ajudarem a denunciar tais situações, seja através de advogados ou mesmo pelo fone 180. A professora esclarece que veio à tribuna para dar um sinal de alerta e espera que a Câmara e a sociedade possam acolher a causa juntamente com o curso de Psicologia. Pelas palavras da docente, o respeito é que deve prevalecer:

“Que possamos mudar a realidade nos espaços públicos e privados. Quando a mulher tem interesse sexual em alguém, ela se pronuncia de alguma forma, não é mais como era uma vez. O mesmo acontece com os homens. Não é porque é homem que tem de ceder a qualquer assédio, porque ele pode simplesmente ser fiel à pessoa com quem vive ou não ter interesse em quem está o assediando”.

22/11/2023 - 14:32
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

Ir para o topo