A necessidade de maior atenção à chamada economia solidária, por meio de políticas específicas, foi apontada em reunião pública da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, realizada na tarde desta sexta-feira (20/10), no plenário da Câmara Municipal de Caxias do Sul. Diante das pautas levantadas, a presidente do grupo parlamentar, vereadora Rose Frigeri/PT, anunciou que encaminhará o assunto à Prefeitura. O setor se dedica a uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano, e não do capital.

Entre os participantes, estava Gilberto Carvalho, secretário nacional de Economia Popular e Solidária, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego. Na ótica dele, o setor carece de mais investimentos e apoio governamental, entre as unidades federativas. Na mesma linha, manifestou-se o presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (COMSEA), Marcos Regelin.

Chefe de divisão de Economia Solidária da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional do Rio Grande do Sul, Gustavo Ryden explicou o processo de reconstrução da pasta e o mapeamento das cooperativas solidárias. A secretária municipal da Cultura, Cristina Calcagnotto, reforçou que o Executivo apoia o segmento.

Em seguida, o coordenador da Unisol Brasil/Paraná e conselheiro estadual da Economia Solidária paranaense, Edson Leonardo Pilatti, enfatizou os benefícios da prática. Segundo ele, a modalidade de organização formularia um planeta mais justo para se viver. “Há um estímulo para que a relação entre pessoas e consumo possa ser mais justa, do ponto de vista social”, afirmou.

O coordenador executivo da União das Organizações Cooperativistas Solidárias (UNICOPAS), Quêner Chaves dos Santos, dissertou sobre as modificações que o modelo de economia traz para a comunidade. Pontuou que mudar a forma de produção e consumo se tornou uma urgência para a sociedade, ao longo dos anos.

Enquanto isso, Henrtique Schuster, que é conselheiro estadual de Economia Solidária do RS, acredita que a prosperidade do segmento passa pela união dos poderes constituídos. Para Cloraci Macedo, que representa o Fórum de Economia Popular, o debate precisa envolver empreendedores do ramo.

Pela Instituição Comunitária de Crédito Banco do Povo, Jaqueline Prattis (gerente-geral) admitiu dificuldades para ajudar microempreendedores. Na ótica dela, o processo seria facilitado a partir de políticas públicas mais efetivas.

Representante da reciclagem interbairros, Osni Guilherme da Silva criticou a condução política junto à categoria dos recicladores. Relatou falhas do governo municipal, para escutar, analisar e levar adiante as demandas apresentadas.

Presidida pela vereadora Rose Frigeri/PT, fazem parte da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania os vereadores Estela Balardin/PT, Gladis Frizzo/MDB, Juliano Valim/PSD e Renato Oliveira/PCdoB.