A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul promove, a partir desta quarta-feira (23/08), a mostra cultural “Hip Hop em Cores”, divulgando artistas locais, que vão expor obras elaboradas com técnicas de grafite, pintura, tinta acrílica e sprays. É a cultura de rua colocando cenários da periferia em visibilidade. A exposição ficará aberta até 4 de setembro, no Espaço Cultural Mário Crosa, no Legislativo. A Câmara Municipal está localizada na Rua Alfredo Chaves, n° 1.323, bairro Exposição, e o horário de funcionamento é das 8h às 17h, sem fechar ao meio-dia.

A mostra conta com a participação de sete artistas. Um deles é Andrigo Martins, arte-educador que atua há 15 anos profissionalmente dentro de instituições que atendem crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, levando oficinas de grafite e intervenções artísticas. Criador do Studio Santa Lata, já idealizou inúmeros projetos. Entre eles: Favelar; Expo Norte; Latas Poéticas; Colorindo a Quebrada; Latamorfose; Plaquinhas do bem; Cartinhas da Quebrada. Também criador do espetáculo itinerante chamado "Casa Maldita", Andrigo ainda é ilustrador e caricaturista.

A mostra “Hip Hop em Cores” ocorre na Semana Municipal do Hip-Hop, definida por  decreto legislativo de 20 de abril de 2011 e tem o objetivo de valorizar a cultura de rua, as entidades e os movimentos artísticos como o break dance, grafite e o rap.

Conheça os artistas:

- Fábio Panone Lopes: mais conhecido como Flop, é arquiteto e artista. Dedica seu talento à criação vinculada ao design e à arte desde criança. Flop trabalha com grafite há 20 anos e já conquistou respeito em diferentes cidades e regiões do Brasil e do mundo. O artista possui um traçado marcante que mistura linhas expressivas da sua profissão de arquiteto com sua arte de grafite, criando um estilo único e diferenciado com influências do Pop Art e Art Nouveau.

- Marcos Sikorski: dedica-se à pintura desde os 12 anos. Começou utilizando as bases clássicas com caneta e lápis fazendo réplicas. A partir disso, descobriu diversos estilos, como pinturas clássicas no estilo barroco, natureza morta, óleo sobre tela. Aprendeu diversas técnicas como o grafite e texturas. O artista já trabalhou em diversas organizações não-governamentais (ONGs) pela cidade, entre elas está o Cami São José, Hip Hop nas Escolas, Joana Dark e Mosaico da Quebrada.

- Débora Nascimento: conhecida como Den, desenvolve trabalhos com pinturas há sete anos. Den produz obras autorais, ligadas aos sentimentos, com a presença de cores vibrantes e faces marcantes. No início de 2022, através do Cultura Hip Hop, começou a se destacar pela grafitagem.

- Gabriel Dalla Rosa: conhecido como Onze, iniciou no grafite aos 14 anos, intervindo no meio urbano e se apropriando de locais abandonados para expressar sua arte. Conhecido como um escritor de rua, utiliza-se de letras e formas mixadas a texturas para compor suas obras. Onze já estampou seu nome em diversos pontos da região do Sul do Brasil e exterior, levando o questionamento que o grafite causa em locais necessitados de cor e vida.

- Lucas Sone: atua na cultura do Hip Hop há 11 anos, buscando explorar diversas técnicas desde o uso de spray, tinta acrílica, massas, concreto, madeiras e espumas. Sone atua em vários segmentos do grafite, dos comerciais aos marginalizados, sempre procurando se manter ativo na cultura.

- Henrique Padilha: conhecido como Agape, nasceu em 1991, sendo grafiteiro há 18 anos. Seu trabalho é autoral com um estilo original de letras Wild Style como características principais.

- Andrigo Fernando Martins: é arte-educador, atuando há 15 anos profissionalmente dentro de instituições nas periferias que atendem crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, levando oficinas de grafite e intervenções artísticas. É criador do Studio Santa Lata, onde já idealizou inúmeros projetos como o Favelar, Expo Norte, Latas Poéticas, Colorindo a Quebrada, Latamorfose, Plaquinhas do Bem e Kartinhas da Quebrada. Também é criador do espetáculo “Casa Maldita”.

(Texto: Leonardo Iob e Luan Hagge)