A trajetória de 110 anos do Hospital Pompéia foi relembrada em sessão solene na noite desta quinta-feira (09/08) no Legislativo caxiense a partir de uma proposição do vereador Rafael Bueno/PDT. A instituição passou por um reposicionamento de marca e agora se chama Pompéia Ecossistema de Saúde, em razão de novos desafios que surgiram. Ao longo dos anos, o Pompéia, fundado no dia 12 de agosto de 1913, vem passando por uma evolução, atento às mudanças e avanços.

O parlamentar relembrou a história do hospital que atravessou 11 décadas sempre atento às mudanças e conquistas na área da saúde. Ao longo dos anos, o Pompéia sempre teve o apoio da comunidade, das entidades e, em especial, dos profissionais que atuam na instituição, hoje liderados pela CEO Lara Sales Vieira. O hospital atende a todas as especialidades. O prédio de 12 andares (térreo, mais nove e dois subsolos) se divide entre a rede pública de saúde e os convênios. São 287 leitos, sendo 173 leitos destinados ao SUS e 114 ao atendimento privado.

"Essa distinção se reveste de grande importância em razão de a instituição de saúde ser de excelência na alta complexidade e com profissionais altamente capacitados", destacou Bueno, salientando que o Pompéia é o conjunto de duas grandes forças: a mantenedora, a Associação Pio Sodalício das Damas de Caridade, e os profissionais, liderados pelo corpo diretivo.

O Pompéia Ecossistema de Saúde é um centro de referência regional em emergência e atendimento de alta complexidade, contemplando uma população de mais de 1 milhão de pessoas de 49 municípios. Atende em média 1,3 mil pacientes por mês, sendo cerca de 50 atendimentos por dia. Referência para a urgência e emergência, já que conta com um pronto-socorro aberto nas 24 horas para atendimento pelo SUS. Nos últimos cinco anos, foram registrados 210.825 atendimentos em emergência. Para se ter uma ideia dos números da instituição de saúde, em média cerca de 4 mil pessoas circulam diariamente pelo local.

É credenciado como Hospital de Ensino e membro da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino, contando com um programa de residência médica nas áreas de medicina intensiva, oncologia clínica, clínica médica, neurocirurgia, cirurgia geral, traumatologia, ortopedia e radiologia. Realiza cirurgias cardíacas, neurológicas, traumato-ortopédicas, torácicas, bucomaxilofaciais, gastrointestinais, ginecológicas, urológicas, transplantes de rins, rins/pâncreas e de córneas, retirada de múltiplos órgãos, entre outras.

Para Rafael Bueno, por trás da sua fachada histórica, existe uma instituição moderna e dinâmica, que alia o espírito católico à vocação tecnológica em todos os momentos. Ele lembrou ainda a evolução e distinções que o Pompéia tem recebido, tornando-se o 29º lugar na categoria Melhor Hospital do Brasil, o 3º do Rio Grande do Sul e o 1º lugar na Serra Gaúcha.

Por fim, mencionou o trabalho dedicado e altamente profissional de duas mulheres que sempre estiveram à frente do seu tempo. Primeiramente, à presidente do Pio Sodalício das Damas de Caridade de Caxias do Sul, Sandra Maria Paim Della Giustina Barp, que está à frente da entidade desde 2014.

"Uma mulher guerreira pelas causas sociais e que dedicou muito de sua vida pelas pessoas que mais precisam, sempre agindo com amor e ações decisivas para ajudar a mudar destinos", enfatizou.

Depois, lembrou a CEO Lara Sales Vieira, que aceitou o desafio de deixar o Rio de Janeiro para vir para Caxias do Sul:

"Há dois anos, Lara se tornou a CEO em pleno auge da pandemia e não mediu esforços junto com sua equipe para tornar o Pompéia uma referência no tratamento de pacientes. Por eu estar muito envolvido com as questões da saúde, eu sou testemunha dessa incansável dedicação da Lara, a quem posso chamar de amiga. Muitas situações foram resolvidas entrando noites e madrugadas adentro, mas sempre buscando fazer o melhor para os pacientes e, em muitos casos, abdicando de estar com sua família."

Após a entrega da placa em homenagem aos 110 anos, quem tomou a palavra foi Lara Vieira. Ela comentou, entre outros temas:

"Nos últimos cinco anos passamos por um intenso e fundamental processo de mudança cultural e de nosso modelo de gestão. Com foco e objetivo em adotar uma governança sólida e transparente que possa ser a trilha para um resultado sustentável no sentido mais amplo da palavra. Norteando nossas equipes a entregar o melhor de si como profissionais, e sobretudo, como seres humanos."

Para a CEO, o Pompéia é feito por gente para cuidar de gente.

"Quantas histórias da nossa gente, e dos nossos pacientes e suas famílias, habitaram nossos corredores e leitos, ocuparam nossas mentes, afligiram e alegraram nossos corações. E enquanto toda essa transformação vinha acontecendo, esse singelo gigante permanece demonstrando a sua força", reforçou.

Ela entende que hoje o Pompéia é mais do que um hospital ou centro de saúde, mas o Pompéia Ecossistema de Saúde, um conjunto de serviços e de profissionais que atuam com excelência para conduzir o cliente por toda a jornada do cuidado, da prevenção ao tratamento:

"A nossa nova marca traduz graficamente a nossa missão, que está alicerçada em nossos valores: "dar vida à vida humana, com amor, respeito, conhecimento de vanguarda e inovação."

Por fim, a presidente do Pio Sodalício, Sandra Barp, manifestou-se.

"Se o Pompéia chega aos 110 anos é porque muitos participaram dessa trajetória de amor, cuidado e solidariedade.
Uma data grandiosa, um marco que transcende o tempo e nos enche de orgulho e emoção, sem dúvida um dia que ficará marcado para sempre na história desta comunidade." 

Sandra destacou que cada leito do Pompéia é mais que uma cama:

"É uma ponte entre o medo e a esperança. Cada corredor, é mais que uma passagem, é um caminho de fé e superação. Cada profissional que nele dedica seus dias e noites é mais que um funcionário, é um guardião da vida, um anjo que se entrega ao dever de cuidar com amor e competência. Inúmeras vidas foram salvas, famílias reconstruídas, lágrimas secas e sorrisos ressurgidos, graças ao trabalho árduo de todos que fazem parte do nosso Hospital Pompéia."

Texto: Jornalista Daniel Corrêa (MTE 12.672)