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Comitê POP Rua detalha estrutura na tribuna caxiense

A coordenadora do grupo, assistente social Márcia Fuhr, ressaltou a necessidade de mapear dados para a construção de políticas públicas ao segmento


A coordenadora do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua (Comitê Pop Rua Caxias do Sul), assistente social Márcia Fuhr, defendeu a designação de mais recursos para fortalecer o atendimento a pessoas em situação de rua que vivem na cidade. Da tribuna do Legislativo municipal, nesta quarta-feira (09/08), a profissional informou que o grupo está mapeando a realidade desse público para tentar montar um banco de dados e informações para subsidiar a construção de políticas públicas ao segmento.

Também gerente do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop Rua), Márcia disse que a prefeitura, em 2022, deu condições para a estruturação do Comitê, definido pelo decreto 22.286/2022, sobre o qual ela detalhou a composição e o funcionamento. Segundo ela, faz cinco anos que o grupo veio se constituindo.

Integram ele 22 membros, sendo representantes do poder público municipal, da sociedade civil das políticas públicas e serviços relacionados ao atendimento da população em situação de rua e do público atendido. Em relação ao Legislativo caxiense, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) é que participa do Comitê, por meio da vereadora Rose Frigeri/PT.

No caso da coordenação do Comitê, cabe ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop Rua) de Caxias do Sul, vinculado à Fundação de Assistência Social (FAS). “Que possamos compreender as funções do comitê e fazer o enfrentamento dessa situação”, defendeu Márcia, destacando que, antes da pandemia, a média era de 200 atendimentos mensais e, hoje, são cerca de 500.

A coordenadora realça a necessidade de elaboração do Plano Municipal de Acompanhamento e Monitoramento da Política para a População em Situação de Rua, com ênfase em metas, objetivos, responsabilidades e orçamentos, bem como no acompanhamento e monitoramento da implementação e do desenvolvimento do referido plano. Para contribuir na apuração e reflexão a respeito desses dados, ela informa que haverá uma reunião pública na Câmara no dia 23, às 14h. A coordenadora explica que o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não apura números envolvendo esse público porque leva em conta domicílios. Diante disso, é estudada a possibilidade de realização de um censo específico de Caxias.

Também estão programadas a realização do controle social e do emprego dos recursos financeiros consignados para os programas e as políticas para esse público, e a articulação intersetorial das ações e serviços municipais para atendimento da população em situação de rua. “Propomos a articulação das políticas públicas porque são sujeitos que precisam de saúde, cultura, educação. A realidade das pessoas em situação e rua é muito difícil. Muitos têm transtornos mentais. Muitas vezes, toda a rede se mobiliza e, quando chega na ponta, essas pessoas enfrentam dificuldades para serem atendidas”, lamenta Márcia.

Ao relatar casos atendidos até hoje, como de um funcionário público federal aposentado que tem autismo, se desorganizou e, na pandemia, foi para a rua, a assistente social esclarece que essa população em Caxias do Sul é um grupo heterogêneo, em pobreza extrema e com rompimento de vínculos familiares.  

09/08/2023 - 11:17
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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