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Inteligência Artificial: uma revolução para a vida  

Assunto é discutido pelo Fórum e o Comitê de Governança de Dados da Câmara de Vereadores e Frente Parlamentar para Startups, Empreendedorismo Inovador e Proteção de Dados Pessoais 


Das ruas, entre os cidadãos, é inevitável encontrar perguntas e respostas sobre o conceito de inúmeras e novas tecnologias que procuram auxiliar diferentes áreas fundamentais para o desenvolvimento ou cuidado do ser humano. 

A Inteligência Artificial (IA) pode despertar uma das tantas dúvidas que se encaixa como ferramenta em benefício das comunidades. Um conceito que se refere à capacidade das máquinas de “pensar” como seres humanos. Entretanto, até que ponto, áreas profissionais como, por exemplo, a medicina, podem usufruir da Inteligência Artificial? Como interpretar o poder de aprender, perceber e decidir a utilização da IA de forma racional e assertiva? Em reportagem especial, a Assessoria de Comunicação Social do Legislativo caxiense aborda um tema inovador e que está entre os debates presentes na Casa, quando o assunto envolve tecnologias, desta feita, utilizando como pano de fundo o envolvimento entre o tecnológico e o setor da medicina.   

O que é inteligência artificial e como ela é aplicada na esfera médica? A resposta vem do coordenador da Pós-graduação em Ciências da Saúde na área de Medicina e atual vice-reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), professor Asdrubal Falavigna.

“São fórmulas que trabalham em cima de informações para atingir uma resposta mais precisa, seja preditivo, seja para diagnóstico, seja para personalização de tratamento”, afirma o doutor e docente.  

De acordo com o professor, que também coordenou o curso de Medicina da UCS até 2016, existem alguns mitos que aparecem na mídia, dizendo que a Inteligência Artificial ou o robô vai tirar a profissão ou trabalho do médico.

“A ideia de que o médico vai ser substituído pela máquina em algumas áreas pode-se achar que se aproxima muito da realidade, mas, de uma maneira geral, não, pois a gente sabe que nada é infalível. Já tem vários trabalhos que analisam respostas e resultados da Inteligência Artificial do médico e da IA e do médico juntos e se detectou que no grupo onde a IA e o médico trabalham juntos há uma assertividade muito maior e um diagnóstico muito mais preciso”, completa Falavigna.

 

Falavigna: Professor do Curso de Medicina da UCS desde 1997. Foto: Claudia Velho/Divulgação 

 

Uma capacidade com diversas possibilidades, de armazenamento, processamento e interpretação de dados. É dessa forma que o engenheiro mecânico e consultor em multinacionais nas áreas de otimização e Inteligência Artificial, Leandro Corso, define as novas tecnologias no acesso do paciente ao cuidado, diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças. 

“A gente trabalha com a IA com alguns pilares focando ser uma ferramenta útil ao profissional da saúde, ao médico em alguns pontos. Por exemplo, a gente pode trabalhar com a ferramenta gerando e auxiliando a questão de diagnósticos, ou seja, algoritmos que trabalham com Inteligência Artificial podem reconhecer padrões complexos. Nós conseguimos ao mesmo tempo que a ferramenta está analisando os dados de um paciente que ela consiga identificar naquele paciente específico doenças. Sem falar que a gente pode personificar tratamentos. Podemos avaliar que 95% das pessoas ficam bem com determinado medicamento, entretanto, se nós formos avaliar, tem 5% que precisam de um tratamento específico. Então, com a IA podemos trabalhar esse público de 5% também e com sucesso”, afirma Corso.

A criação de novas ferramentas para dar melhores condições de vida ao paciente é fundamental. A afirmação é do engenheiro de software Leonardo Pelozzoni. 

“A utilização dessas ferramentas novas ou das que serão criadas com Inteligência Artificial tende a agregar valor na prática médica tanto do médico como de outros profissionais da área da saúde, sempre trabalhando em conjunto com os médicos. Então, o médico usa a ferramenta, agrega valor, ganha produtividade e talvez consiga inclusive atender mais pacientes. O histórico das informações também será algo que possa acompanhar o paciente em outros tratamentos que eventualmente ele terá”, conclui Pelozzoni.  

Do cotidiano ao aprendizado, as discussões entre os estudiosos e os pesquisadores ficam evidentes quando o assunto é a utilização das ferramentas tecnológicas com Inteligência Artificial. Mas, para que o debate aconteça com responsabilidade, o direito digital precisa deixar sua contribuição. O pensamento é do advogado especializado em direito digital, para startups e proteção de dados, Raphael Di Tommaso. Ele também integra o Fórum e o Comitê de Governança de Dados da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul (RS), discutido pela Frente Parlamentar para Startups, Empreendedorismo Inovador e Proteção de Dados Pessoais. O profissional acredita, que dentre tantas áreas, a Medicina passará por uma revolução com a Inteligência Artificial e por isso será importante uma regulamentação dessas ferramentas que visem o bem do paciente e da própria população.

“A gente tem uma série de discussões teóricas do que é e do que não é Inteligência Artificial, mas principalmente nós temos discussões no dia a dia da mesa de bar, no ponto de ônibus, ainda mais depois da chegada do ChatGPT e de outras ferramentas que a gente tem chamado de Inteligência Artificial Generativa. Essas ferramentas têm revolucionado diversas áreas do conhecimento, como é o caso da comunicação e do direito, mas uma área que eu entendo que vai passar por uma revolução com o uso da IA é a Medicina”, finaliza Di Tommaso.           

 

Di Tommaso: Advogado especializado em direito digital, para startups e proteção de dados. Foto: Comunicação/Prodam 

                                                                                                    

A edição especial da Revista Time de 30 de março de 2023 apresentou pesquisas e invenções que prometem revolucionar a prática médica em médio e longo prazo. O desenvolvimento da Inteligência Artificial e de novas técnicas impulsionam pesquisas e apresentam tendências sobre os cuidados de saúde. Um dos principais focos da publicação está na descoberta de tratamentos para vários canceres, um dos grandes desafios da Medicina. Afirma a publicação que o número de sobreviventes de canceres deverá crescer cerca de 30% até 2030 em razão das novas tecnologias diagnosticadas e de tratamento, mas que também exigirão especialistas familiarizados com os subtipos específicos próprios de algumas regiões. 

Confira reportagem especial, em áudio, com apresentação e edição do jornalista Tales Armiliato.   

03/08/2023 - 15:30
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Tales Giovani Armiliato - MTB 11.369

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