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Vereadores tomam contato com minutas de reestruturação do projeto de ocupação da Maesa

Secretários municipais trouxeram a notícia de inviabilidade financeira a partir de recursos públicos


Minutas de reestruturação do projeto de ocupação do complexo da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa/Fábrica 2) foram apresentadas aos vereadores, em reunião. O encontro aconteceu no plenário da Câmara Municipal de Caxias do Sul, nesta quarta-feira (26/07), com a participação dos secretários Cristina Nora Calcagnotto (Cultura) e Matheus Neres da Rocha (Parcerias Estratégicas) e da chefe de Gabinete do Prefeito, Grégora Fortuna dos Passos. Eles trouxeram a notícia de inviabilidade financeira, a partir de recursos públicos, para viabilizar o plano.

A Maesa/Fábrica 2) possui uma área de mais de cinco hectares (52.951,57 metros quadrados), no quarteirão das ruas Plácido de Castro, Dom José Barea, Treze de Maio e Pedro Tomasi, na região central. O debate pela sua ocupação vem de anos, com ênfase na instalação de um Mercado Público.

Na condução das atividades de hoje, estava o vereador Rafael Bueno/PDT, presidente da Frente Parlamentar “A MAESA É NOSSA”. Ele cobrou alternativas mais ágeis, que contemplem as pretensões iniciais da comunidade, com relação à ocupação daquele complexo. Afirmou que será agendada, no menor prazo possível, uma audiência pública sobre o tema. “A data dependerá do desenrolar da reformulação do projeto, na Prefeitura, para que consigamos fazer um debate mais sólido, na futura reunião do Legislativo”, explicou.

Quanto ao Mercado Público, os secretários deixaram claro que, para a priorização dele se consolidar, será necessário cumprimento do que chamaram de premissas de readequação. As medidas incluem, por exemplo, concessão comum, sem comprometimento ou dispêndio de recursos públicos; diminuição da área de concessão; prioridade de encargos relativos à execução do referido mercado.

À luz do arranjo garantidor, apresentado pelos secretários, alguns vereadores se manifestaram com insatisfação, diante da demora de execução da ocupação completa e, sobretudo, da instalação do mercado público. Nessa linha, o presidente da Câmara, vereador Zé Dambrós, também cobrou o porquê de a Secretaria da Agricultura ainda não estar instalada na Maesa.

Enquanto isso, o vereador Sandro Fantinel/PL considerou preocupante o fato de, até o momento, não ter havido interesse privado no empreendimento. Para o vereador Ricardo Zanchin/NOVO, a própria indefinição do plano de ocupação causa desinteresse no empresariado, além de, na ótica dele, não fazer sentido transformar o espaço só em sede de secretarias, destoando do fim de negócios.

De acordo com o vereador Olmir Cadore/PSDB, o sentimento é de frustração, com a repetição de problemas e falta de ações para tornar atrativo o entorno da Maesa. Para o vereador Velocino Uez/PTB, o fato de o espaço ser patrimônio histórico seria um empecilho para a tração de investidores. O vereador Lucas Caregnato/PT reclamou da falta de avanços na discussão.

O prédio da antiga Maesa/Fábrica 2 data de 1948. Com estilo manchesteriano, abrigou a indústria de fundição da família Eberle, que produzia, entre outros itens, facas, espadas, esculturas, artigos de montaria e de ourivesaria. O projeto de construção coube a Sílvio Toigo e o de concreto, a Gabriel Pedro Moacir. Em dezembro de 2014, o governo do Estado transferiu a área para Caxias. Em março de 2016, a Administração Estadual oficializou o uso público e cultural, quando começou a discussão sobre a ocupação.

26/07/2023 - 21:03
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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