Urgência na abertura de um mercado público na estrutura da antiga Metalúrgica Abramo Eberle S.A. (Maesa) foi a solicitação que o vereador Ricardo Zanchin/NOVO reafirmou na sessão ordinária desta terça-feira (18/07), na Câmara Municipal. No entendimento do parlamentar, que é economista e professor, três pontos podem mudar a história da cidade com vistas ao futuro e em termos de potencial turístico: Festa da Uva, Aeroporto e Maesa.

Zanchin tem acompanhado as propostas de ocupação do Complexo da Maesa que estão sendo cogitadas pelo município e ratificado a defesa de instalação de um mercado público no local. Mencionou que a administração está alterando a ideia da adoção da Parceria Público-Privada (PPP) patrocinada para a concessão comum. “É uma readequação. Vai mudar a forma que será encaminhada, tendo como foco agora o mercado público, por concessão comum. Toda a comunidade quer ver o mercado público funcionando. E eu quero ir lá comer pastel com meu pai”, frisou Zanchin, que recorda de sua infância, quando viveu essa experiência à época em que a cidade teve um estabelecimento desse modelo onde hoje fica situada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central.  

Nesse sentido, o vereador considera oportuno que sejam estabelecidos prazos e questiona a administração municipal sobre o cronograma a ser adotado a partir de agora. “Quero que as coisas funcionem. É preciso retenção de talentos e atração de investimentos para nossa cidade. Uma casa caindo. Infelizmente é assim que vejo a Maesa hoje”, lamentou o parlamentar do Partido Novo.

Em aparte, o vereador Maurício Scalco/NOVO se revelou cético em relação a encaminhamentos efetivos em torno da estrutura da antiga metalúrgica: “Parece que a gente está chovendo no molhado. Não vejo a possibilidade deste governo entregar (o espaço com uso definido)”.

O emedebista Felipe Gremelmaier classifica como uma bagunça o atual cenário de decisões ligadas à Maesa. “Qual a segurança de que algo será executado na Maesa? Não vejo expectativas e nem perspectivas”.

Para o tucano Olmir Cadore, a proposta que o município havia defendido de PPP patrocinada não deveria ter sido abandonada.  Ele está descrente em relação à ocupação do espaço por observar que a estrutura está se degradando. Para o vereador Sandro Fantinel/PL, deveria haver mais união e interesse comum, para que uma ação concreta se efetive em termos de utilização do lugar. Na mesma linha se colocou o progressista Alexandre Bortoluz.   

Na ótica do vereador Rafael Bueno/PDT, presidente da Frente Parlamentar "A MAESA É NOSSA", é necessário traçar um planejamento para a utilização do complexo. “Quando não se sabe para onde ir, qualquer caminho serve”, alertou o pedetista, também questionando os próximos passos da prefeitura em relação ao espaço de 53 mil m² transferido pelo Estado ao município em 2014.