Uma equidade fiscal, diante da proposta de reforma tributária, que tramita no Congresso Nacional, foi defendida pelo vereador Ricardo Zanchin/NOVO, na sessão ordinária desta quarta-feira (05/07). O parlamentar alertou que, em dez dias, senadores e deputados federais deverão entrar em recesso. Mesmo assim, apontou que, nesse curto prazo, poderá ser aprovada a mudança, com reflexo prejudicial aos municípios, pelo ponto de vista dele.

De acordo com Zanchin, o ministro da Economia, Fernando Haddad, estaria trabalhando no aumento da chamada base ampla. “Elevará a tributação sobre dividendos verticalizados. Na indústria, há compensação tributária. Só que, agora, os profissionais serão mais taxados”, explicou.

O parlamentar contou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já se manifestou contra a reforma o texto-base da referida reforma, tal como uma frente com 510 prefeito do país. “O profissional liberal não pode ter a mesma tributação da indústria. Está se propondo a verticalização desses impostos. Dividendos terão imposto de renda”, observou.

Zanchin lembrou que, em 1996, houve aumento da alíquota do imposto, para não pagar dividendos. Agora, conforme ele, haveria um acúmulo dos dois fatores. “Hoje, o Brasil é o campeão mundial de horas para contabilidade. Um escritório contábil precisa de 1.500 horas. O segundo país é a Bolívia, com mil horas. A média mundial é de 300 horas, para dar conta dos trabalhos tributários”, comentou.