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Rafael Bueno repercute números da saúde e reforça pedido de revisão do Teto MAC para Caxias do Sul e Região

Mais de um milhão de pessoas esperam por cirurgias eletivas no SUS no país, e Ministério da Saúde pretende reduzir espera por procedimentos eletivos, exames e consultas


Líder da bancada do PDT no legislativo caxiense, o vereador Rafael Bueno repercutiu na sessão ordinária desta terça-feira (20/6) os recentes números da saúde no país. Mais de um milhão de pessoas estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas. Os dados estão no relatório do Ministério da Saúde sobre o andamento de um novo programa do governo federal, que pretende repassar recursos para reduzir a espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública. Bueno destacou notícias veiculadas pelo ministério e na imprensa, ressaltando que os Estados e o Distrito Federal elaboraram planos com o detalhamento de pessoas na fila de espera e os procedimentos cirúrgicos mais aguardados e encaminharam ao Ministério da Saúde. Devem ser realizadas quase meio milhão de cirurgias por meio do programa Com isso, a fila das cirurgias eletivas deve ser reduzida em 45%.

O pedetista ainda destacou como vai funcionar o procedimento. Desde março, o Ministério da Saúde iniciou a transferência de dinheiro para que Estados e Municípios possam realizar mutirões de atendimentos - são R$ 200 milhões apenas para desafogar a fila de cirurgias eletivas. Após essa etapa, o governo federal planeja seguir com o programa para tentar reduzir as filas de espera por exames e consultas especializadas. 

"O ministério envia um terço do dinheiro previsto após a aprovação do plano estadual e o restante é repassado depois da realização dos procedimentos", afirmou Bueno, a partir da reportagem.

O pedetista chamou a atenção para o que diz ser uma grave realidade. No Rio Grande do Sul, deverão ser realizadas 17.271 cirurgias por meio do programa, sendo que a fila de espera é de 108.066 pacientes, o que representa16% do total a ser atendida. O repasse ao Estado será de R$ 10.750.756,53.

Todos os Estados cadastraram acima de 30%, 40% e até 100% da sua capacidade para integrarem o programa do governo federal, mas o RS chegou a apenas 16% da demanda das filas, lembrou o parlamentar. Ele trouxe o caso de Caxias do Sul, que tem 7.760 pessoas aguardando cirurgias eletivas já agendadas e não realizadas e, da Região, 2.314 pessoas, número que, somado, chega a 10 mil pessoas. Em Caxias, a maior fila é para ginecologia, com 677 pessoas, 1.983 em traumatologia, 429 em urologia e 447 em cirurgia vascular. Ou seja, a saúde da mulher e do homem estão entre as prioridades.

"O governo estadual precisa, em vez de fazer reunião virtual, realizar encontros regionais para discutir o Teto MAC (investimentos em alta e média complexidade) para Caxias do Sul e a Serra. Os valores empenhados, considerados defasados, são um dos principais entraves para resolver questões da área", afirma Bueno, o que seria uma forma de buscar a abertura de leitos e realizar os procedimentos cirúrgicos, por exemplo.

O pedetista lembrou que a situação em Caxias do Sul tende a se agravar devido à suspensão temporária das cirurgias eletivas em função da indisponibilidade de leitos livres em hospitais da cidade, como Geral e Pompéia, e o consequente esgotamento da capacidade hospitalar. Sem contar o fato de o Hospital Geral ter inaugurado leitos, mas não conseguiu ainda abri-los à população que mais precisa do SUS.

"Quem sabe, em vez de termos gente se espremendo em corredores de hospitais, podemos adaptar beliches nos hospitais para acomodar melhor os pacientes, porque não há mais espaço e está ficando pior ainda", associou Bueno.

20/06/2023 - 15:45
Gabinete do vereador Rafael Bueno/PDT Câmara Municipal de Caxias do Sul
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