Um novo modelo de concessão, para a ocupação do complexo da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa/Fábrica 2), uma área que possui em torno de 53 mil quadrados, junto à Rua Plácido de Castro, está sendo defendido pelo vereador Rafael Bueno/PDT. Na sessão ordinária desta quarta-feira (31/05), o parlamentar admitiu que reconsiderou o próprio apoio ao projeto atual da Prefeitura Municipal, no formato da chamada concessão patrocinada, que envolve a disponibilização de mais recursos públicos.

Para o pedetista, Caxias deveria se inspirar no projeto de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. “Em visita recente à cidade fluminense, pude observar um grande espaço, com outra modalidade de ocupação. Além de não gastar recursos públicos no prédio, a Prefeitura recebe uma contrapartida do parceiro privado. Por que não fazer isso em Caxias?”, ponderou.

De acordo com Bueno, é possível voltar atrás. “Eu sempre defendi a ideia do governo, porque acho viável para a situação de Caxias do Sul. Era fiador dessa proposta, para que pudéssemos ocupar todo o complexo, com mercado público, cultura, áreas de lazer. Só que estão faltando recursos na cidade, com a paralisação dos servidores públicos por aumento salarial, com déficit na saúde, na educação, na limpeza urbana, etc.”, observou.

Na ótica do vereador, primeiro, deveria acontecer uma licitação para viabilizar 10 mil metros de áreas a um mercado público, com estacionamento, na Maesa. Em paralelo, como explicou, a Secretaria Municipal da Cultura captaria verbas federais e estaduais. “O pior é insistir numa ideia em que o município não tenha capacidade financeira. Como a proposta foi marginalizada desde o início, acredito que não teríamos interessados, em caso de lançamento de edital para a captação de parceiro privado”, afirmou Bueno.