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Câmara concede título de Cidadão Emérito ao ex-prefeito Mansueto

A distinção, que partiu de proposta do vereador Velocino Uez/PTB e foi aprovada pela unanimidade dos parlamentares, será entregue nesta quinta-feira (27/04), no plenário legislativo


O ex-prefeito, ex-vereador, advogado e jornalista Mansueto de Castro Serafini Filho receberá, às 19h desta quinta-feira (27/04), o título de Cidadão Emérito de Caxias do Sul da Câmara Municipal, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade caxiense. O projeto de decreto legislativo (nº 2/2023) sobre a honraria foi aprovado pela unanimidade dos parlamentares, sendo apresentado pelo vereador Velocino Uez/PTB e subscrito por Adriano Bressan/PTB, Alexandre Bortoluz/PP, Elisandro Fiuza/REPUBLICANOS, Felipe Gremelmaier/MDB, Gilfredo de Camillis/PSB, Lucas Diel/PDT, Marisol Santos/PSDB, Maurício Scalco/NOVO e Tatiane Frizzo/PSDB.

A entrega da distinção ocorre em sessão solene aberta ao público. Acontece no plenário do Parlamento municipal (Rua Alfredo Chaves, 1323, bairro Exposição) com transmissão ao vivo pela TV Câmara (canal 16 da NET e site www.camaracaxias.rs.gov.br) e pelas redes sociais do Legislativo.

CONHEÇA A TRAJETÓRIA DO HOMENAGEADO
- No documento aprovado em plenário e que trata do título de Cidadão Emérito a Mansueto de Castro Serafini Filho, os vereadores apresentam o currículo do homenageado, que nasceu no dia 7 de janeiro de 1939, em Caxias do Sul. Filho de Mansueto Serafini, engenheiro civil, e de Ivone de Castro Serafini, é irmão de Werney, Sérgio, Edson e Fernando (in memorian).

- Estudou na Escola Normal Duque de Caxias, atual Cristóvão de Mendoza, que na época funcionava no prédio que hoje abriga o Colégio Presidente Vargas. Antes de completar 16 anos, Mansueto mostrava sua primeira vocação, o jornalismo, ao criar e editar o jornal O Estudante. Na sequência, vieram o Jornal da Mocidade e um semanário que marcou época no município: o Caxias Magazine, distribuído gratuitamente nas sessões de cinema da cidade entre 1958 e 1970.

- No período, Mansueto graduou-se em Direito pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e iniciou sua trajetória política. Foi eleito vereador em 1964 pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e vice-prefeito em 1969 já pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), único partido de oposição ao regime militar após o golpe de 1964. Na Câmara, propôs as leis que criaram a Semana de Caxias e o Concurso de Contos, Crônicas e Poesias, eventos até hoje existentes no calendário municipal.

- Em 1969, Mansueto casou-se com Suzel Regine Zugno Giacobbo Serafini, com quem teve os filhos Márcio, jornalista, e André (in memorian), que era autista. Companheira de vida e de trajetória política, incansável nas caminhadas de campanha e nos trabalhos sociais, Suzel morreu em 2000, vítima de leucemia, sem tempo de conhecer os netos Arthur e Luíza, filhos de Márcio e da nora Eliane Paula Küster.

- Mansueto concorreu a prefeito em 1972, mesmo ano do nascimento de Márcio. O sonho de administrar a cidade em que nasceu e sempre viveu realizou-se quatro anos mais tarde. Em 15 de novembro de 1976, Mansueto levou o MDB a uma vitória histórica sobre Victor Faccioni, da Arena, resultado que ganhou repercussão nacional numa época em que não havia eleições nas capitais.

- Eleito para um mandato de quatro anos, permaneceu na prefeitura até março de 1983. Por decisão do governo federal da época, os prefeitos tiveram seus mandatos prorrogados por dois anos, o que permitiu a Mansueto inaugurar a maior realização daquela gestão: as duas primeiras barragens do Sistema Faxinal, a adutora ligando Ana Rech a Caxias do Sul e a Estação de Tratamento de Água do Parque da Imprensa. A decisão de realizar a obra, com recursos próprios, foi tomada após enfrentar rigorosas estiagens que provocaram falta de água generalizada na cidade.

- Entre 1985 e 1987, Mansueto foi diretor-presidente da Trensurb, estatal federal responsável pelo metrô da Grande Porto Alegre.

- Em 15 de novembro de 1988, foi novamente eleito prefeito de Caxias do Sul, à frente da coligação União Democrática por Caxias (UDC). Deixou a prefeitura quatro anos mais tarde com aprovação de 90%, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), fruto de obras como a terceira e definitiva barragem do Sistema Faxinal. Trinta anos depois, ela ainda responde por mais de 50% do abastecimento de água da cidade e garante fornecimento regular mesmo em momentos de estiagem.

- Obras realizadas nos dois mandatos de Mansueto marcaram a história de Caxias. Confira exemplos de realizações desse período: Casa da Cultura, com biblioteca, galeria de arte e teatro; Avenida Perimetral Norte, ligando a BR-116 à Rua Moreira César; Asfaltamento e consequente sinalização de toda a área central; Asfaltamento das principais linhas de ônibus dos bairros; Construção e ampliação de dezenas de escolas, que duplicaram o número de alunos atendidos na rede municipal; Primeiro postão de saúde 24 horas; Revitalizações dos Parques Cinquentenário e Getúlio Vargas (Macaquinhos), com a instalação de módulos da Brigada Militar construídos pela prefeitura para garantir a segurança; Criação de loteamentos populares; Municipalização da empresa Festa da Uva; Implantação do primeiro aterro sanitário; Implementação da coleta seletiva de lixo; Criação da Feira do Produtor.

- Além de ser protagonista, Mansueto dedica-se a registrar a história de Caxias do Sul, por meio de recortes de jornais, fotos e registros próprios cuidadosamente catalogados. Um trabalho silencioso que resultou na publicação, em 2016, do livro História das Eleições Municipais de Caxias do Sul, pela editora da UCS.

26/04/2023 - 09:12
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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