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A cobrança pelo aumento dos efetivos policiais, no entorno das escolas, é a pauta da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Caxias do Sul. A intenção do vereador-presidente Renato Nunes/PRB partiu da audiência pública, realizada na tarde desta quarta-feira (06/07), no plenário da Casa. Casos de agressões nas imediações de colégios do município foram relatados por mais de 200 professores e alunos que lotaram o auditório. Nunes disse, então, que buscará, junto ao governo do Estado e à prefeitura, reforço para a Brigada Militar e a Guarda Municipal, além de parcerias para campanhas de educação preventiva, contra a violência escolar.
À cobrança por maior presença das patrulhas escolares, o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar de Caxias do Sul, tenente-coronel Haroldo Knebel, respondeu dizendo que, dos 700 homens previstos para a sua unidade, existem 485. Detalhou que, no momento, em plantões de 12 em 12 horas, há cinco policiais que se revezam no atendimento a denúncias de 201 estabelecimentos escolares da cidade. O problema é que o batalhão ainda precisa suprir demandas de 200 bairros e da zona rural, explanou.
O comandante também pediu que a população assimile o que chamou de cultura de registrar ocorrências. Para ele, informações precisas auxiliam o trabalho policial, no combate ao tráfico e ao consumo de drogas, por exemplo. A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social informou que a Guarda Municipal conta com 163 membros.
Na sequência, a vereadora Denise Pessôa/PT alertou ser preciso pleitear a inclusão de Caxias do Sul na agenda prioritária da Secretaria Estadual da Segurança Pública. Citou que, por mês, o município tem registrado 600 casos de violência contra a mulher. O vereador Gustavo Toigo/PDT atentou para suposta dicotomia, pois a violência passa a fazer parte da rotina de ambiente onde tem que prevalecer a educação. O vereador Mauro Pereira/PMDB salientou as ações de órgãos como o conselho tutelar.
Segundo o vereador Vinicius Ribeiro/PDT, a violência escolar estaria refletindo a desestruturação de algumas famílias. O vereador Daniel Guerra/PSDB sinalizou que a redução da violência pode ocorrer por meio da qualificação da educação intelectual. De acordo com o vereador Renato Oliveira/PCdoB, parte da insegurança seria devida à revolta pela demora, nos serviços de postos de saúde.
Entre outras pessoas que se manifestaram, a diretora da Escola Estadual Henrique Emílio Meyer, Janice Moraes, pediu providências para casos de violência. O representante da 4º Coordenadoria Regional de Educação Lucas Caragnato disse que violência configura-se como problema social. A presidente da União Caxiense dos Estudantes Secundaristas, Camila Prigol, acusou suposto descaso com a segurança de alunos.
No espaço da sessão ordinária de hoje, a vereadora Denise ressaltou o papel da Comissão de Educação, no estímulo ao desenvolvimento da tolerância entre alunos. O vereador Alaor de Oliveira/PMDB salientou projeto de lei de sua autoria, para que as escolas do município tenham câmeras de segurança.
Os vereadores Arlindo Bandeira/PP e Guiovane Maria/PT também prestigiaram a audiência.
Além do presidente Nunes, integram a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Cultura, Desporto e Turismo os vereadores Moisés Paese/PDT, Renato Oliveira/PCdoB, Rodrigo Beltrão/PT e Vinicius Ribeiro/PDT.