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Vereadora Estela Balardin questiona destino da Maesa

A parlamentar usou o espaço para apresentar pontos de divergência com o projeto apresentado pelo Executivo


O uso do complexo da antiga Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa) volta a ser pauta do grande expediente da vereadora Estela Balardin/PT na sessão ordinária desta terça-feira (28/03). A parlamentar usou o espaço da tribuna para questionar o destino da estrutura nos moldes propostos pelo poder Executivo.

A legisladora questionou dois pontos que, na sua opinião, destoam do objetivo principal da doação do prédio feita pelo Estado ao município em 2014. Ela argumenta que o espírito inicial era que o patrimônio fosse utilizado de maneira coletiva, plural, social e cultural. Para ela, ao longo do tempo, essa característica foi se perdendo.

O segundo ponto levantado pela petista foi o valor histórico do prédio da antiga empresa. Ela ressaltou que a história do lugar que acolheu trabalhadores que fizeram sua vida e sustentaram famílias não pode ser esquecida. Por isso, na ótica da petista, é importante não entregar a estrutura para o mercado especulativo. Manifestou que o projeto não pode virar um shopping center.

“A Maesa, por todo esse histórico, toda a importância social, deve ser para todos e todas. Deve ser exclusiva e não excludente”, declarou.

No que se refere à responsabilidade da gestão, Estela entende que o poder público não pode abrir mão porque é quem pode garantir a inclusão. Destacou, também, que o lazer é uma parte muito significativa do desenvolvimento social de uma cidade e Caxias não tem um local do porte da Maesa destinado a isso. Ela se refere a um ambiente onde possam ser realizadas feiras, que tenha um mercado público e acolha as secretarias, por meio da gestão pública.

A colega parlamentar Rose Frigeri/PT, em aparte, entrou em consonância com a causa de Estela e a parabenizou pela abordagem. Já Maurício Scalco/NOVO se opôs. Ele assinalou que o projeto não menciona a construção de um shopping, e é inclusivo, tendo em vista que insere a iniciativa privada. Na opinião de Scalco, o lugar precisa ter lojas para pagar aluguel e manter a estrutura, pois o poder público não conseguiria manter todo o complexo, avalia. A petista rebateu que concorda que a iniciativa privada não seja excluída, mas que a entrada gratuita no ambiente não garante inclusão. Outro contraponto foi apresentado pelo vereador Adriano Bressan/PTB, que reforçou que a comunidade já está inserida no processo e deixar o comando da Maesa apenas para o governo seria um erro.

28/03/2023 - 14:50
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Manuelli Luise Boschetti

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