Voltar para a tela anterior.

‘Uma vida sem violência é direito de todas as mulheres’

Integrantes do Fórum da Mulher Caxiense entoaram por várias vezes essa frase, na tribuna do Legislativo caxiense, na manhã desta quarta-feira (15/03)


Representantes do Fórum da Mulher Caxiense (FMC) deixaram uma mensagem à sociedade durante a sessão ordinária desta quarta-feira (15/03), enfatizando que: “uma vida sem violência é direito de todas as mulheres”. Da Tribuna Livre, Eremi Melo e Priscila Telles reafirmaram o compromisso do grupo na luta por direito ao público feminino e pelo combate à violência.

Eremi disse que as mulheres carregam o fardo de um sistema capitalista, patriarcal e racista que oprime as mulheres. Conforme ela, sofrem diariamente violência no mundo do trabalho, com assédio moral e sexual. “Precisamos mudar e enfrentar isso, homens e mulheres juntos. Que possamos, um dia, comemorar o 8 de março, sem essas violências”, defendeu a também integrante da União Brasileira de Mulheres (UBM).

Segundo Eremi, entre as várias necessidades atuais do público feminino, está a ampliação da Patrulha Maria da Penha; a aplicação da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio; implantação de creches para atender, inclusive, no final da semana; qualificação do atendimento da Delegacia da Mulher; e o retorno do atendimento da Polícia para a área central, o que poderá facilitar o acesso por parte das moradores de bairros e loteamentos das distintas regiões de Caxias.

Também esteve na tribuna a artista Priscila Telles, que integra o FMC e a Marcha das Mulheres. Ela questionou o modelo patriarcal culturalmente disseminado e que, de acordo com ela, não valoriza, por exemplo, o trabalho doméstico e o cuidado. “Compreendemos que precisamos estar organizadas para ocupar os espaços e denunciar as opressões e desigualdades que seguem fazendo parte da vida de mulheres de todo mundo”, frisou Priscila. Por outro lado, ela mencionou positivamente ações do atual governo federal, com o fortalecimento do Ministério das Mulheres e a criação dos Ministérios da Igualdade Racial e dos Povos Originários.

Em relação às agressões ao público feminino, a artista lamentou os casos ocorridos, principalmente, em 2022 e 2023. “Não podemos nos calar diante dos feminicídos brutais. As nossas lutas não terminaram. Ainda há muito trabalho a ser feito contra a exploração e a violência de gênero. Feliz Dia da Mulher só quando for para todas”, sublinhou Priscila, reforçando que “uma vida sem violência é direito de todas as mulheres”.

15/03/2023 - 11:17
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

Ir para o topo