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Rose Frigeri comemora o Dia Internacional da Mulher

A parlamentar ocupou o espaço do grande expediente desta quarta-feira, para ressaltar as conquistas de 13 mulheres


A vereadora Rose Frigeri/PT usou o espaço do grande expediente da sessão ordinária desta quarta-feira (08/03), para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Ela contou a história de 13 figuras femininas que, em sua opinião, são fundamentais para as conquistas das mulheres.

A parlamentar abriu a sua manifestação explicando que se permitiria não celebrar a data falando o quanto ainda precisa ser conquistado em relação a direitos para as mulheres. Mas que usaria o seu espaço para relembrar as histórias e as glórias que merecem ser celebradas.  Para ela, existem diversas mulheres que, com seus atos, continuam mudando a trajetória de outras, mas que acabam camufladas por homens.

“É preciso que comecemos a entender que não por trás de um homem não tem uma grande mulher, porque nós, mulheres, temos histórias próprias e lutas nossas que precisam ser expostas e valorizadas”, reforçou.

Por fim, ela ressaltou que, ao homenagear essas mulheres, é uma forma de honrar todas as que lutam anonimamente, todo dia.

 

Confira o perfil das mulheres destacadas pela legisladora:

Dandara dos Palmares (1654 - 1694), não há registros de sua origem, mas acredita-se que tenha nascido no Brasil e se estabelecido em Palmares ainda nova. Foi figura fundamental no Quilombo dos Palmares, para o estabelecimento do primeiro estado livre nas terras da América. Além de guerreira, foi esposa de Zumbi dos Palmares, mãe de 3 filhos, dominava a técnica da capoeira e lutou junto com outras 30 mil pessoas para defender seu território.

Hipólita Jacinta Teixeira de Melo (1748 - 1828), nascida Prados, interior de Minas Gerais, foi a única mulher a participar da ativamente da Inconfidência Mineira, em 1789. No movimento, ela ajudou na comunicação entre os inconfidentes e organizou articulações para seguir com a revolução, após a prisão dos principais líderes.

Marie Curie (1867-1934), nascida em Passy na França, foi pioneira nos estudos sobre a radiação e a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel de física em 1903. Sete anos depois, junto com seu marido, ela ganhou mais uma vez o prêmio, na categoria Química, pela descoberta dos elementos Polônio e Rádio. Durante a primeira guerra ela ainda organizou uma frota de máquinas de raio-x para os médicos no front.

Maria Quitéria (1792-1853), nascida em Feira de Santana, Bahia, lutou pela independência do Brasil, em 1822. Vestida com roupas masculinas e chamada de “Soldado Medeiros”, foi a primeira mulher a integrar as forças armadas. Quando descoberta, seu desempenho em batalhas foi exaltado, o que garantiu a permanência no exército, agora com o nome de “Cadete Maria Quitéria”. Apesar do seu desempenho, após a guerra, ela voltou para a sua cidade natal e faleceu como uma anônima.

Harriet Tubman (1822 - 1913), nascida no Condado de Dorchester, Maryland. Em 1849, a abolicionista, cadete do exército e sufragista, ajudou sua família e outros escravos a atravessar os Estados Unidos em busca da liberdade. Durante a guerra civil americana, ela trabalhou como cadete e espiã para o exército da união, que queria abolir a escravidão. Em toda sua vida, ela libertou mais de 800 escravos.

Bertha Lutz (1894 - 1976), nascida em São Paulo, era conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres, se empenhou pela aprovação da legislação que permitiu o direito às mulheres de votar e de serem votadas. Sua atuação parlamentar não se limitou apenas a isso, ela ainda propôs mudanças na legislação referente ao trabalho das mulheres e do menor, tendo como objetivo a igualdade salarial, a licença de 3 meses para gestante e a redução da jornada de trabalho.  

Nise da Silveira (1905-1999), nascida em Maceió, Alagoas, foi revolucionária no campo da psiquiatria e combateu as técnicas agressivas no tratamento de pessoas com doenças mentais. No começo do século 20, ela foi pioneira nos questionamentos do que era correto ou não para o tratamento de pessoas. Seus princípios envolviam o tratamento por meio da arte, permitindo que os pacientes tivessem liberdade e resinificassem suas doenças.

Carlota Pereira de Queiroz (1892 - 1982), nascida em São Paulo, foi a primeira mulher a ser eleita para deputada federal, em 1934. Durante a Revolução Constitucionalista, organizou e tomou a frente de mais de 700 mulheres para ajudar na assistência aos feridos. Durante seu mandato, levantava as bandeiras da saúde, da alfabetização e da assistência social, além de ser a autora do primeiro projeto para a criação do serviço social. 

Olga Benário (1908-1942), nascida em Munique, Alemanha, foi uma das figuras mais populares no período da Alemanha nazista, foi a comunista escolhida para escoltar Luís Carlos Prestes para o Brasil, em 1934. Muito além de companheira de prestes, a revolucionária alcançou reconhecimento dentro dos movimentos comunista da Europa. Olga foi presa e deportada para a Alemanha, mesmo grávida. Onde foi morta em 1942.

Rosa Parks (1913-2005), nascida em Tuskegee, Alabama, foi ativista negra e americana que lutou contra a lei de segregação do transporte público, nos estados unidos, na década de 50. No período, brancos e negros não poderiam ocupar os mesmos bancos nos ônibus. Por ir contra esse movimento, em 1955, Rosa foi presa e esse acontecimento provocou um movimento de boicote aos transportes públicos por parte da população afro-americana.

Angela Davis (1944), nascida em Birmingham, Alabama é ativista e especialista na luta pelo abolicionismo penal, nos estudos de raça e gênero e feminismo negro. Entre as décadas de 50 e 60 teve participação ativa no movimento negro dos Estados Unidos e chegou a compor a lista das 10 pessoas mais procuradas pelo FBI, devido a acusações faltas de assassinato, sequestro e conspiração. 

Graça Foster (1953), nascida em Caratinga, Minas Gerais é filha de mãe solo, criada em uma favela do Rio de Janeiro. Adquiriu seus livros de estudo coletando lixo reciclável e vendendo. Em 2012, se tornou a primeira mulher a comandar a Petrobras e, no mesmo ano, entrou para a lista das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Vandana Shiva (1952), nascida em Dehradun, Índia é uma das teóricas do ecofeminismo, que vincula a subordinação da mulher à exploração destrutiva da natureza. Luta contra a indústria agroalimentar, defende os pequenos produtores do seu país e desenvolve um projeto que é exemplo de biodiversidade, onde são oferecidos bancos de semestres comunitários. Devido a sua importância na atualidade, ganhou diversos prêmios.

08/03/2023 - 14:06
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Manuelli Luise Boschetti

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