A vereadora Estela Balardin/PT usou seu espaço no grande expediente da sessão ordinária desta quarta-feira (01/03), para comentar o caso de trabalho análogo à escravidão na região de Bento Gonçalves (RS). A parlamentar também se manifestou acerca da manifestação do vereador Sandro Fantinel/PATRIOTA, na última terça-feira (28/02), também sobre do ocorrido no município vizinho.

Estela disse que, enquanto parlamentar, vê a necessidade de toda e qualquer autoridade pública em se posicionar diante de uma situação como a dos 208 baianos encontrados em situação na análoga à escravidão em vinícolas bento-gonçalvenses. Avalia ser necessária a responsabilização desses atos.

A petista considerou a terceirização e a flexibilização da legislação brasileira como dois grandes motivos que contribuem para a precarização do trabalho no Brasil. Evidenciou a necessidade de debater as causas trabalhistas, para que situações como essa não aconteçam mais. Ainda defendeu imparcialidade nesse debate.  “Não estamos falando de ideia, de opinião e de ideologia, estamos falando de uma questão ética e moral”, reforçou.

A legisladora elogiou o trabalho do Ministério do Trabalho, da Policia Civil e da Policia Federal pelo resgate das vítimas. Por fim, pediu que o ocorrido com as empresas envolvidas no escândalo não atinja as outras companhias de uva e vinho da região, que, segundo ela, são o sustento de diversas famílias.

Por fim, a vereadora criticou a posição do parlamentar Sandro Fantinel/PATRIOTA que sugeriu a não contratação de trabalhadores baianos para a vindima. Segundo a petista, manifestações preconceituosas, em qualquer situação, excluem pessoas e contribuem para que ocorram casos como o de Bento. Estela lamentou que a imagem da Câmara Municipal de Caxias do Sul tenha ganhado repercussão nacional não por um projeto ou por uma defesa da população, mas por preconceito.