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Carta contrária às manifestações em frente à sede do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), em Caxias do Sul, foi reverberada pelo vereador Lucas Caregnato/PT, na sessão ordinária desta quinta-feira (17/11). Assinado por moradores dos bairros Rio Branco e São Pelegrino, o documento pede o auxílio do Legislativo caxiense, para restabelecer uma dita ordem, nas imediações do quartel.
De acordo com o parlamentar, os comunitaristas consideram os referidos atos como violentos, com incitação à instalação de um estado de exceção, indo de encontro aos princípios fundamentais da Constituição. As manifestações estão acontecendo diariamente, desde o término do 2º turno das últimas eleições, em 30 de outubro passado, das quais saiu eleito presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que irá para o seu 3º mandato, na União, a partir de 1º de janeiro de 2023.
O vereador Lucas ressaltou que o país funciona sob um Estado Democrático de Direito. “Incitar uma intervenção militar é algo ilegal. O próprio artigo 5º da Carta Magna libera manifestações, desde que sejam pacíficas”, ponderou. O petista também considerou ruim recente colocação do secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior, que teria minimizado os efeitos das mencionadas manifestações.
Em seguida, a vereadora Denise Pessôa (presidenta do Legislativo), apoiou a carta. “É uma forma civilizada de manifestar opinião. Faltam medidas efetivas do prefeito municipal, no sentido de garantir maior tranquilidade aos moradores daquele perímetro da cidade”, alertou.
Na mesma linha, a vereadora Estela Balardin/PT lembrou que atrações culturais, como o Carnaval, já enfrentaram dificuldades para autorizar o fechamento de ruas. “Mas, agora, os protestos em frente ao quartel são encarados com naturalidade”, comparou.