Os números do 2º quadrimestre de 2022 na área da saúde pública de Caxias do Sul foram detalhados nesta quinta-feira (27/10), em audiência promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente (CSMA) do Legislativo. O encontro foi conduzido pelo presidente do grupo parlamentar, vereador Rafael Bueno. De parte do Executivo, estiveram na mesa de autoridades a secretária municipal da Saúde, Daniele Meneguzzi, o diretor financeiro da pasta, Milton Luiz Balbinot, e a diretora do Departamento de Avaliação, Controle, Regulação e Auditoria (Dacra), Marguit Weber Meneguzzi.

De acordo com a secretária Daniele, houve acréscimo de recursos e aumento de serviços prestados neste ano de 2022, de maio a agosto de 2022. Balbinot apresentou os números da saúde nesse período, ressaltando que as receitas municipais somaram R$ 182.664.060 e as despesas ficaram muito próximas, na casa de R$ 182.405.730. Entre os maiores gastos, estão as despesas com pessoal, que chegaram a R$ 71.962.481 (39,45); os serviços, no valor de R$ 49.732.850 (27,26%); a subvenção (valor que o município acrescenta para além da tabela do Sistema Único de Saúde/SUS, que está defasada) de R$ 31.056.815 (17,03%); e contrato de gestão (para funcionamento das duas unidades de pronto atendimento/UPAS), com um custo de R$ 19.309.672 (10,59%). O diretor informou que o orçamento está “extremamente espremido”, com margem para investimentos de apenas 2%.

Marguit listou os atendimentos prestados pelo município no 2º quadrimestre/22. Entre dos dados, as internações hospitalares atingiram 9.449 atendimentos; e as consultas e procedimentos ambulatoriais chegaram a 482.016.

Após o detalhamento dos números, o vereador Rafael externou sua preocupação com as subvenções e questionou como se dará o custeio de 118 leitos que deverão ser abertos no Hospital Geral. A secretária municipal da Saúde ressaltou que a manutenção do HG é do Estado e que Caxias irá custear o que for preciso dos atendimentos de Caxias e não de outros municípios. Ela lembrou, entretanto, que é preciso antes saber quando os leitos efetivamente serão abertos. Ao mesmo tempo, Daniele antecipou que, para 2023, a pasta terá de apertar ainda mais seus gastos, em razão de um déficit orçamentário que o município prevê.

Também fizeram questionamentos sobre infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde, contratação de médicos, atendimento odontológico, custo de exames, entre outros assuntos, os parlamentares Renato Oliveira/PCdoB, Olmir Cadore/PSDB, Zé Dambrós/PSB e Maurício Scalco/NOVO. Neste link https://bit.ly/3sDmJpg, o detalhamento das respostas da secretaria. Também esteve na audiência o vereador Felipe Gremelmaier/MDB.

Além do vereador-presidente da CSMA, Rafael Bueno/PDT, compõem a comissão os legisladores Adriano Bressan/PTB, Olmir Cadore/PSDB, Renato Oliveira/PCdoB e Zé Dambrós/PSB.