Líder da bancada do PDT no Legislativo caxiense, o vereador Rafael Bueno prestou homenagem, na sessão ordinária desta terça-feira (17/05), a uma das vozes mais conhecidas da história do rádio caxiense, Marçal Rodrigues, o Juruna, que morreu neste domingo (15/05), em Caxias do Sul. O radialista, de 77 anos, tinha complicações decorrentes de uma infecção, além de lutar contra o Alzheimer. O apelido de Juruna, que ele mesmo dizia ter vindo do ex-prefeito Mansueto de Castro Serafini Filho, era por andar sempre com um gravador parecido com o que usava indígena homônimo, famoso nos anos 1970 quando foi deputado federal pelo PDT do Rio de Janeiro e costumava gravar conversas de colegas parlamentares.

Bueno mostrou imagens do radialista, também um comunitarista nato, destacou premiações arrecadadas ao longo da trajetória e participações em eventos na Cidade, Estado e País. E por fim, o vereador veiculou uma fala do próprio radialista explicando o motivo do apelido de Juruna, o que emocionou quem estava no plenário.

"Um ser humano incrível, humilde e simples, um ícone do radiojornalismo. Deixa um legado de trabalho e dedicação", enfatizou Bueno.

Juruna fez história principalmente nos microfones da Rádio Difusora. Ele atuou por lá durante quatro décadas, auxiliando no registro de fatos históricos em uma época em que o alcance do rádio era maior, tornando-se um ícone da comunicação popular. Em 1985, chegou a viajar para Brasília para cobrir a posse do presidente José Sarney e a morte de Tancredo Neves. Além da Rádio Difusora, também atuou na Rádio Comunitária UAB de Caxias do Sul. Em 2010, Marçal foi agraciado com o Troféu Associação Riograndense de Imprensa (ARI) Serra Gaúcha/CIC na categoria radiojornalismo. Juruna foi tema de pelo menos duas monografias sobre sua trajetória profissional, ambas na UCS.

"Lembrar do Juruna é recordar de todos os profissionais da imprensa que nunca mediram esforços para fazer as coberturas, inclusive aqui na Câmara Municipal, para levar informações à população", finalizou Bueno.