Uma prestação de contas aos vereadores, sobre a 33ª Festa Nacional da Uva, foi feita durante a sessão ordinária desta terça-feira (03/05), pelo presidente da Comissão Comunitária do evento, Fernando Bertotto. Realizada entre os últimos dias 18 de fevereiro e 6 de março, no Parque Mário Bernardino Ramos, a festividade fechou com um resultado negativo de R$ 3,148 milhões. Antes da sua realização, ela contou com um aporte público da Prefeitura, de R$ 4,5 milhões, autorizado pela Câmara Municipal.

De acordo com o presidente, o balanço negativo ficou caracterizado depois de um total de receitas de R$ 12,098 milhões, frente a despesas finais de R$ 15,246. Bertotto ilustrou que, do valor arrecadado, R$ 8,651 milhões vieram de patrocínios e vendas de área (R$ 1,4 milhão) e de ingressos (R$ 2,044 milhões). Disse que os ingressos com cobrança somaram 107.785 para a festa e 2.995 para os desfiles, no setor de arquibancada. Sem cobrança, aconteceram 70.096 entradas a partir de 6,5 mil credenciais. Houve a emissão de 75.664.

O presidente da festa contou que, para reequilibrar as contas, a empresa está buscando a tomada de empréstimos e as vendas de espaços, para a Festa das Colheitas de 2023 e para a próxima Festa da Uva, em 2024. Lamentou o fato de a atual edição da Festa da Uva ter se iniciado com uma dívida de ECAD (órgão de arrecadação de direitos autorais musicais), anterior a 2016 e superior a R$ 5,7 milhões. “Desse montante, foi possível renegociar para R$ 2,3 milhões, dos quais R$ 1,3 atingiram quitação. A quantia restante, de R$ 1 milhão, encontra-se distribuída para pagamento parcelado”, explicou.

Por outro lado, Bertotto atentou que para o conjunto da cidade a festa exerceu papel de retomada, no contexto de retomada econômica, na reta final das restrições da pandemia da Covid-19. Estimou que os 17 dias do evento movimentaram cerca de R$ 200 milhões, na economia caxiense.