Melhorias nos itinerários do transporte coletivo foram reivindicadas por vereadores, em reunião pública da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação, realizada na tarde desta quarta-feira (27/04), no plenário da Câmara Municipal de Caxias do Sul. O encontro contou com as presenças do secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willembring Junior, e com o responsável pela área operacional da Viação Santa Tereza (Visate), Valdemir Viega. Presidente do grupo parlamentar, o vereador Adriano Bressan/PTB conduziu os trabalhos de hoje.

Entre os vereadores que se manifestaram, Sandro Fantinel/PATRIOTA considerou que, apesar do bom funcionamento, no Interior, os veículos poderiam ter um porte maior. No perímetro urbano, pediu mais oferta de itinerários. Para Maurício Scalco/NOVO, horários não são cumpridos por alguns ônibus, sendo que caberia melhor monitoramento por sistema de GPS. Rafael Bueno/PDT indagou sobre alterações de roteiros e fiscalização à concessionária. Tatiane Frizzo/PSDB atentou por mais ações de barateamento da passagem, hoje a R$ 5,50 (tarifa geral). Maurício Marcon/PODEMOS disse ter recebido mais de 100 reclamações, sobretudo no que diz respeito a cumprimento de horários.

O secretário de Trânsito ponderou que, hoje, ainda devido aos impactos da pandemia da Covid-19, a Visate possui 780 funcionários, sendo que, anteriormente, havia 1,5 mil colaboradores. “Desde o dia 23 de março, retomamos o fórum de avaliação do sistema de transporte. Enfim, depois de 2019, será necessário contratar motoristas. No Interior, a demanda também aumentou. Em março e abril, foram lavrados 57 autos de infração contra a concessionária. Portanto, a fiscalização é feita. O vale-transporte representa mais de 50% do uso do transporte coletivo”, explicou Alfonso.

O responsável pela área operacional da Visate disse que a demanda de passageiros ainda não voltou à normalidade. “Antes da pandemia, eram 220 mil passageiros por dia. Chegamos a ficar só em 50 mil ou 60 mil diários. Recentemente, a faixa estava em 160 mil ou 170 mil pessoas a cada dia. A empresa precisou se reinventar”, observou Viega.

Segundo o presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter, o ônibus em si não é o problema. Na ótica dele, as maiores dificuldades decorrem do próprio trânsito das ruas. Lamentou a chamada conversão à direita. Garantiu que os entraves de fluxo terminam atrasando os itinerários.

Além do vereador-presidente Adriano Bressan/PTB, integram a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação os vereadores Lucas Caregnato/PT, Sandro Fantinel/PATRIOTA, Tatiane Frizzo/PSDB e Wagner Petrini/PSB.