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Rafael Bueno questiona ações do município sobre a Maesa

Vereador pede transparência e presença de secretário de Gestão na Câmara Municipal


Presidente da Frente Parlamentar "A Maesa é Nossa", o vereador Rafael Bueno/PDT questionou na sessão ordinária desta terça-feira (08/02) do Legislativo caxiense o tratamento que o município vem dando às discussões sobre a ocupação da Maesa. Ao final de sua fala, Bueno sugeriu à presidenta da Casa, vereadora Denise Pessôa/PT que convoque, pela Mesa Diretora, a vinda secretário municipal de Gestão, Finanças e Parcerias Estratégicas de Caxias do Sul, Maurício Batista, para dar explicações aos vereadores e à comunidade sobre o complexo de 53 mil metros quadrados cedido pelo Estado ao município, no coração da cidade. A data da vinda ao plenário ainda não está definida.

"Esperava que a Comissão Especial que o município formou, a qual integro pela Câmara, além de outras entidades ajudasse a comunidade a ser ouvida para a tomada de decisões, mas isso não está ocorrendo. Nada pode ser decidido em portas fechadas", destacou Bueno.

O parlamentar se referiu à manifestação do próprio secretário, ao site pioneiro.com e ao Jornal Pioneiro, de que "a administração já recebeu diversos investidores interessados em conhecer o complexo para futuros empreendimentos, mas após visitar a área, a resposta mais comum dos empresários era de que o valor investido no restauro demoraria muito tempo para ser recuperado."

Diante disso, a opção do município seria encaminhar obras de recuperação dos prédios, o que também foi criticado pelo vereador. Essa restauração ficaria na faixa de R$ 60 milhões a R$ 100 milhões. 

"Como assim, empresários visitando a Maesa? Esse valor altíssimo para reformar e entregar? Isso é um desrespeito às pessoas e lideranças que foram fundamentais para manter na cidade. Nós, vereadores, temos o dever de estar mais atentos ainda a partir de agora, porque qualquer autorização terá de ter o crivo do Legislativo e da comunidade. A Maesa é nossa e não de meia dúzia de investidores. De bandeja, não mesmo!", cobrou.

O pedetista lembrou que em junho de 2021 foram empossados novos integrantes da Comissão Especial de Acompanhamento do Projeto de Uso e Gestão do Complexo Cultural e Turístico Maesa, mas que eles não têm participado das discussões. Vinte e sete pessoas integram o grupo, representando os poderes Executivo (10 integrantes), Legislativo (2) e entidades da sociedade civil (15). O trabalho visaria monitorar os avanços das decisões que envolvem a ocupação do espaço hoje pertencente ao município. 

"Pelo visto está acontecendo o que eu previa, decisões estão ocorrendo a portas fechadas. Nesse caso, abertas, já que investidores estão indo ao complexo, palavras do próprio secretário."

Mais prazo - No final do ano a Assembleia Legislativa aprovou projeto solicitado pela prefeitura e que contempla a alteração da lei de doação da Maesa. O novo texto amplia as atividades para destinação e ocupação do complexo, autorizando parcerias público-privadas, e prorroga o prazo para o município apresentar o plano de ocupação do complexo da Maesa. Com a prorrogação dos prazos inicialmente definidos, o processo de ocupação foi estendido até 2024.

Os vereadores Zé Dambrós/PSB e Ricardo Daneluz/PDT também se manifestaram preocupados com os encaminhamentos feitos e pediram esclarecimentos. 
 

 

08/02/2022 - 14:36
Gabinete do vereador Rafael Bueno - PDT
Câmara Municipal de Caxias do Sul

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