No grande expediente da sessão ordinária desta quinta-feira (02/12), o vereador Maurício Marcon/Sem partido criticou os aportes públicos, aprovados pelo plenário caxiense, nas sessões extraordinárias da última terça-feira.

Um dos aportes foi destinado à Comissão da Festa Nacional da Uva e Feiras Agroindustriais, no valor de R$ 4,5 milhões, para atender despesas com a realização da próxima edição do evento. O outro valor de R$ 1,6 milhão teve a finalidade de adquirir ações na Festa Nacional da Uva, Turismo e Empreendimentos S/A. O último aporte aprovado, no valor de R$ 4 milhões, foi destinado para a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), e servirão para o aumento de capital da empresa, referente ao percentual de representatividade do capital social do município na empresa pública.

Conforme o parlamentar, já foi aportado à Codeca, mais de R$ 38 milhões, desde 2005. Entretanto, a empresa tem um prejuízo acumulado de R$ 30 milhões. Na opinião de Marcon, um dos problemas da empresa é a destinação de 76% da receita para as folhas de pagamento dos funcionários.

O vereador sinalizou que o Brasil tem, atualmente, 698 estatais. Nesse sentido, o país ocupa o 144º lugar no ranking de liberdade econômica. Marcon citou o exemplo do Reino Unido e Estados Unidos, que contam com apenas 16 estatais, e estão em 7º e 17º lugares no mesmo ranking. “Quanto menos o Estado interfere na vida das pessoas, melhor é o índice de vida das pessoas”, declarou o parlamentar.

Na ótica de Marcon, o Estado precisa cuidar de prioridades nas áreas de educação, saúde, segurança/defesa e justiça, e não de questões como a coleta de lixo nas cidades.