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A acessibilidade para pessoas com deficiência em eventos culturais foi pauta na tribuna desta quarta-feira (1º/12), no Parlamento caxiense. O produtor cultural Robinson Cabral detalhou o Festival Especial, do qual é coordenador, e o projeto “Oficinas acessíveis de história da arte no Brasil”, criado a partir da necessidade de inclusão dessas pessoas na comunidade cultural de Caxias do Sul.
O Festival Especial é um evento inclusivo e de acessibilidade cultural de forma gratuita. Ocorre em entidades que atendem a pessoas com deficiência. “Artistas locais são levados a um encontro inesquecível com aqueles que possuem deficiência e que devem ser tratados de forma igual na hora de consumir a nossa tão rica cultura”, explicou.
Robinson garantiu que em todo o período de pandemia o festival se dedicou a criar conteúdos inclusivos com informações para todos. Assim, nasceu o projeto “Oficinas acessíveis de história da arte no Brasil”.
Aproveitou para divulgar que, a partir desta sexta-feira (03/12), Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, serão disponibilizadas, gratuitamente, sete oficinas digitais que contarão a história da arte no país, desde a rupestre até a contemporaneidade. Ele destacou que todas elas possuem dispositivos de acessibilidade, como tradução em libras, legenda e áudio em português. E são apresentadas pela tradutora de libras surda Helenne Sanderson.
O produtor enfatizou que, historicamente, a sociedade tem um sistema de valores que não privilegia a inclusão de pessoas com deficiência na vida cultural da cidade. Na sua opinião, é emergencial a criação de ações e de legislação que proteja e promova a democratização do acesso à cultura.
Na oportunidade, defendeu o Financiamento da Arte e Cultura Caxiense (Financiarte), criado pela Lei nº 6.967, de 30 de julho de 2009, e que tem por finalidade prestar apoio financeiro a projetos como forma de estímulo à produção artística e cultural no munícipio. Apontou que, infelizmente, a ferramenta opera com apenas um quinto de sua capacidade, não tendo a compreensão necessária de seu valor na gestão atual. “Cultura gera renda, emprego e segurança”, finalizou.