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A crise financeira que acomete a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) foi o tema tratado pela vereadora Denise Pessôa/PT, na sessão ordinária desta terça-feira (20/07). Por videoconferência, a parlamentar fez apontamentos à atual gestão da empresa pública, apresentando dados que mostram déficits enfrentados pela companhia, além de explanar a respeito das dificuldades operacionais e críticas enfrentadas pelos funcionários.
A vereadora apresentou, inicialmente, números de fevereiro deste ano, que representam os passivos e ativos circulantes, despesas e bens em curto prazo, respectivamente, da empresa pública. Por obrigações, a Codeca soma cerca de R$ 20 milhões, contra R$ 7,5 milhões em bens, o que deixa cerca de R$ 12 milhões em despesas, totalizando R$ 21 milhões, se incluídas as despesas e ativos em longo prazo.
Segundo Denise, apesar da crise financeira já vir de outros anos, a inviabilidade da empresa está sendo precipitada pela Administração vigente, devido a uma falta de conhecimento da situação enfrenada pela companhia. “Esses números acabam nos mostrando situações muito preocupantes, e agravantes que aparecem no operacional”, observou.
Na prática, os dados, datados de fevereiro e levantados pela petista, revelam: prejuízo de cerca de R$ 900 mil ao mês, em 2021; em torno de 30 caminhões sem condições de conserto imediato; falta de matéria-prima para asfaltamento; débitos com fornecedores; diminuição considerável nos roteiros de trabalho e capina. A parlamentar fez ressalva que alguns dados podem ter sofrido alterações, em razão de serem do começo deste ano, mas que serviram para o diagnóstico da situação.
Denise revelou muita preocupação com a situação financeira da empresa. “A diretora-presidente [Helen Machado] veio até a Casa, apresentou um planejamento. Mas, não apontou soluções para a recuperação da Codeca”, lamentou.
A parlamentar criticou a falta de condições de trabalho aos colaboradores. Segundo Denise, eles sofrem com a ausência de EPIs (equipamento de proteção individual), e que não teriam a obrigação de exercer serviço sem esse equipamento, o que pode ocasionar em demissão. Ressaltou, também, que esses trabalhadores já confirmaram capacitação.
Na ótica da vereadora, qualquer solução para a crise verificada passará pela união de todos os envolvidos, sejam funcionários, sindicatos, Administração Municipal e a cidade, como um todo. “Sozinha, a diretora-presidente não irá conseguir resolver os problemas. Culpar gestões anteriores e os próprios funcionários também não ajudará”, ponderou.
Os vereadores Lucas Caregnato/PT, Olmir Cadore/PSDB, que é o líder do governo municipal na Casa, e Zé Dambros/PSB reforçaram a necessidade de união geral, em favor da resolução da crise da Codeca.