Mesmo diante da indefinição do dia que será julgado o processo de impeachment do prefeito Daniel Guerra, o vereador Rafael Bueno/PDT se antecipou e abriu seu voto: decidiu pela cassação daquele que chama de "rascunho de gestor". Bueno já havia antecipado sua posição e disse ter ainda mais convicção disso depois da informação, divulgada na manhã desta quarta-feira (18/12), de que a Comissão Processante decidiu deliberar pela cassação do mandato do prefeito. A possibilidade é que o processo de impeachment seja julgado nesta sexta-feira (20), a partir das 8h30min. A Comissão Processante é composta pelos vereadores Alceu Thomé/PTB, Elizandro Fiuza/Republicanos e Paula Ioris/PSDB. Votaram a favor da cassação Paula e Thomé e, Fiuza, contra.

"Há quase três anos venho dizendo, provando, contrapondo que essa gestão já nasceu falida, porque fez promessas que não seriam cumpridas. Então, meu voto será sim, por todos os malefícios que o prefeito causou na cidade. Meu voto será pelos prejudicados, os necessitados, que encontraram apenas exclusão e nenhum diálogo com o Executivo em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. Caxias do Sul não pode mais suportar esse desgoverno, o nosso povo merece voltar a ser feliz”, enfatizou o pedetista. 

De quatro denúncias apuradas da Comissão Processante, três foram votadas procedentes: a proibição da bênção pública de Natal dos freis capuchinhos, o fechamento total do Postão 24 Horas e a não autorização da Parada Livre na Praça Dante Alighieri. A improcedente foi o chamamento público 149/2019, que definiu pela gestão compartilhada da UPA Central, contrário ao que havia deliberado o Conselho Municipal de Saúde. Na sessão de julgamento, as quatro denúncias serão votadas separadamente pelos vereadores. Bueno adianta que votará contrário ao arquivamento da quesito da gestão compartilhada da UPA Central.

No dia da votação, cada vereador terá 15 minutos para justificar sua posição. Caso haja dois terços favoráveis ao impeachment (16 votos), o prefeito será considerado afastado do cargo e o presidente da Câmara expedirá um decreto legislativo de cassação do mandato. Se o prefeito for absolvido, o processo será arquivado.