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A proibição da bênção de freis Capuchinhos, na Praça Dante Alighieri, pela Prefeitura Municipal, foi criticada pelo vereador Alberto Meneguzzi/PSB, na sessão ordinária desta terça-feira (24/09). Ele anunciou que a bancada do PSB protocolará projeto de decreto legislativo, a fim de suprimir o decreto executivo 20.381/2019, que estabelece as normas de caráter temporário para a utilização dos espaços públicos.
O parlamentar defendeu que a Praça Dante é um espaço aberto e democrático. Acerca do ato ecumênico, existente desde 2003, relatou que ele faz parte do cotidiano da cidade e ganhou grandes proporções com o tempo. Também disse que percebe que a cidade está tensa e que as pessoas pedem por uma simples bênção, que não afeta no funcionamento do município. Sobre a proibição, apontou insensibilidade do prefeito Daniel Guerra.
Meneguzzi ainda repercutiu o que chamou de desmonte do poder Executivo, do projeto Conviver, destinado ao público da terceira idade. Ainda rechaçou o retorno da secretária Marcia Rohr da Cruz à chefia da pasta do Esporte.
Para o vereador Edson da Rosa/MDB, a Administração Municipal tem realizado uma política de enfrentamento às entidades. O vereador Velocino Uez/PDT relatou que será apreciado, ainda nesta semana, projeto que institui, em Caxias do Sul, a bênção anual dos freis capuchinhos.
O vereador Paulo Périco/MDB frisou que a Casa é contrária às atitudes do poder Executivo. Sugeriu que se organizasse uma comissão de diálogo com os freis, para que eles mantivessem a bênção na praça, e convocou que os vereadores estivessem presentes à bênção, junto à comunidade, indagando quem terá a coragem de tirá-los de lá. O vereador Alceu Thomé/PTB declarou que se perdeu a oportunidade de afastar o prefeito Guerra.
A vereadora Denise Pessôa/PT declarou a assinatura de outro projeto de decreto legislativo, que suspende todo o decreto do Executivo, sobretudo por conta do artigo 1º, que estabelece normas para requerer autorização de uso de área pública, para a realização de eventos temporários, de caráter esportivo, religioso, político, comercial, social e cultural, o que, segundo a parlamentar, é inconstitucional.
Sobre essas medidas da Administração Municipal, o vereador Elói Frizzo/PSB pontuou que elas dialogam com o autoritarismo e a má relação do poder público com a comunidade. Por conta disso, disse temer que se instaurasse, no município, um processo de desobediência civil, quando a população não respeita mais as regras do poder público.