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Os 26 anos como professor municipal, incluindo um mandato de vereador e direções de escolas, estão credenciando o novo diretor-geral da Câmara Municipal de Caxias do Sul, Airton Ciro de Carvalho, a trabalhar como um mediador. Essa experiência, acumulada em cargos públicos, faz com que o servidor de carreira da prefeitura sinta-se à vontade para dar continuidade ao processo permanente de aproximação entre os 17 vereadores e os 110 servidores e 40 estagiários da Casa.
Ele também defende o cuidado com os recursos públicos, a fim de melhor servir à comunidade. Em seu gabinete, onde atua desde o início deste ano, o diretor travou uma breve conversa com a Assessoria de Imprensa da Casa:
Imprensa - De que forma o senhor pode contribuir para a Presidência e o conjunto de servidores da Casa?
Airton - Quero atuar como um mediador, no relacionamento entre os 17 vereadores e os 110 servidores e 40 estagiários, a fim de propiciar maiores condições de êxito, no trabalho legislativo.
Imprensa Câmara Caxias - Até que ponto a experiência como vereador está contribuindo para o senhor se adaptar ao funcionamento da Câmara?
Airton Ciro de Carvalho - Fui vereador na 12ª Legislatura (1997-2000), pelo PSB. Em 1998, quando o ex-vereador Renato Paese/PDT estava na Presidência da Casa, ocupei a Vice-Presidência. Não raras vezes, o representava no comando de sessões, em eventos e reuniões da Mesa Diretora. Esse foi um primeiro contato com a rotina do Legislativo. Quanto a exercer atividades de gestão, acumulo, também, nove anos como diretor de escolas municipais. Há 26 anos, sou professor concursado do município, lecionando as disciplinas de Geografia e História. O exercício de cargos públicos tem me facilitado na compreensão das estruturas de poder.
Imprensa - Quais outros cargos já exerceu?
Airton - Também fui secretário de Turismo e vice-presidente da Festa da Uva (2002 e 2004), na segunda gestão do ex-prefeito Pepe Vargas/PT (2000-2004).
Imprensa - Para o exercício da Direção-Geral, o que representa a condição de servidor de carreira do município?
Airton - Lidar com o servidor exige maturidade e faz com que entendamos a necessidade do zelo para com a chamada coisa pública. Refiro-me, muito especialmente, à responsabilidade quanto a, sempre, empregar o dinheiro público a serviço da comunidade. Mesmo licenciado da função de professor para trabalhar na Câmara, neste período de um ano, continuo sendo servidor. Ainda assim, não pretendo empreender ações corporativistas. O cargo de diretor-geral também me ajudará em termos de amadurecimento, nas relações políticas, incluindo a partidária.
Imprensa - Quanto a isso, como se deu a sua troca, do PSB para o PT, e a aproximação e amizade com o presidente Marcos Daneluz?
Airton - É de longa data a minha proximidade com o presidente Daneluz. Em 2007, por conta de divergências partidárias, fomos para o PT. No ano seguinte, participei da coordenação da campanha dele a vereador. Ano passado, também coordenei a campanha para deputado estadual, da qual ele saiu como 4º suplente da bancada do PT, na Assembleia Legislativa.
Imprensa - Haveria alguma característica, no perfil de Daneluz, que o senhor gostaria de destacar?
Airton - Entendo que a maturidade do vereador Daneluz, como político, passa, principalmente, pela noção de buscar as decisões no conjunto de opiniões de parlamentares e servidores. Além disso, o fato de ele votar de acordo com a sua consciência e compreensão de cada projeto, mesmo que, por vezes, à revelia da bancada petista, demonstra uma postura que gera confiança. Ressalte-se que esse perfil autônomo não entra em contradição com a linha ideológica do partido.
Imprensa - Pretende voltar a concorrer a cargos eletivos? Vereador, por exemplo?
Airton - Não posso afirmar, categoricamente, que nunca mais concorrerei a vereador, no caso dessa pergunta. No momento, porém, o meu único interesse é contribuir para o município, tanto como servidor público quanto na condição de militante político-partidário.