A destruição do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em função de incêndio no domingo (02/09), e as demandas do patrimônio público local foram pauta do vereador Rafael Bueno/PDT, na sessão ordinária desta terça-feira (04/09). O parlamentar demonstrou preocupação com o que chamou de descaso com o patrimônio público, afirmando que “um povo que não tem memória também adoece”.

O pedetista destacou a importância do Museu Nacional para a memória do país, explicando que, em suas dependências, viveu a família imperial. Também citou alguns eventos que aconteceram no local e marcaram história, como a assinatura da declaração de Independência do Brasil e da primeira Constituição brasileira.

Bueno afirmou que a responsabilidade pela valorização do patrimônio é de todos os cidadãos. Conforme o vereador, evitar a depreciação deve ser um cuidado geral do povo, inclusive no município caxiense. “Todos nós somos coniventes quando não ficamos indignados ao passar pela Praça Dante, quando deixamos de cobrar o prefeito para que não retire as placas de bronze. Ou quando bustos são roubados e não cobramos providências da Guarda Municipal. Nós somos coniventes quando há uma Casa de Pedra, símbolo do turismo de Caxias do Sul e da nossa imigração italiana, que fica fechada por meses”, lamentou.

A conservação mínima do patrimônio público foi reivindicada pelo pedetista. Como exemplo, falou da Maesa, que, segundo ele, está com péssima manutenção e tem risco de ruir. Bueno também cobrou respostas concretas da prefeitura sobre o destino do prédio, afirmando que o local poderia ser um ponto cultural e turístico da cidade, não fosse a má preservação.

O parlamentar ainda mencionou o Parque da Festa da Uva, que está com algumas atrações históricas fechadas há mais de um ano, como a Réplica de Caxias do Sul de 1885 e o Memorial Atelier Zambelli. “Aquele lugar (Memorial Zambelli) é fabuloso, é um diferencial para os turistas verem. Deveria estar aberto, com todas as condições”, ressaltou, da tribuna, mostrando uma reportagem a respeito.

Em aparte, os vereadores Gustavo Toigo/PDT e Paulo Périco/MDB também lastimaram a atual situação do patrimônio público. O emedebista disse que, em março de 2017, a Comissão de Educação (CECTICDLT) já havia questionado o Executivo sobre o fechamento das atrações nos Pavilhões. Segundo ele, a resposta afirmava que já existia um novo planejamento de ocupação. “Um ano e meio depois e não tem absolutamente nada”, indignou-se.