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Acompanhado de representantes de entidades comunitárias e ligadas à área da cultura, o vereador Rafael Bueno/PDT visitou, na tarde da última quarta-feira (11/07), a Voges, que funciona numa área de cerca de 30% do total da antiga fábrica da Maesa, e conversou com o diretor-presidente, Osvaldo Voges, e com funcionários da empresa. Voges desmentiu as informações divulgadas pelo secretário da Cultura, Joelmir da Silva Neto, na segunda-feira (09/07). Segundo o empresário, quem nunca quis entrar em entendimento foi o próprio município, a respeito da saída da empresa daquela área, e reiterou que a Voges passa por dificuldades, mas está agindo com responsabilidade, respeito ao meio ambiente e preservação dos empregos.
"Se alguém jamais quis conversar conosco e entrar em um entendimento viável a todos foi o governo. Nunca conseguimos falar com o prefeito, ao contrário do que acontecia antes (se refere aos antecessores de Daniel Guerra)", disse Voges.
Ele lembra que, de "forma autoritária", a prefeitura exigiu a devolução do imóvel em janeiro deste ano. A empresa, então, assinou em Termo de Ajustamento para que esse prazo fosse prorrogado até 31 de julho. Mas, às vésperas da data, não existe condições físicas e estruturais para a saída do local, alega. Técnicos da empresa mostraram um cronograma que definiria como data para a desocupação total até o final de 2019.
"Impossível fazer a remoção antes. Temos maquinários de mais de 40 metros, complexos e que precisam que amplo planejamento para a saída. Estamos lidando com o emprego de 230 funcionários e passando por dificuldades como a maioria das empresa, mas vamos buscar as saídas. Mesmo assim, não há qualquer possibilidade de diálogo com o município, isso por culpa dos seus gestores", indigna-se Voges.
Em uma visitação de 40 minutos, ele mostrou a área ocupada, apresentou laudos e demais informações técnicas e sustentou que não existe risco de contaminação aos funcionários e ao meio ambiente: "Quem diz isso (riscos) não sabe o que está falando", rebate.
Sobre o fato de os aluguéis dos últimos meses não estarem sendo honrados, como denunciou o secretário da Cultura na segunda-feira, Voges afirmou que uma audiência na Justiça, no dia 24 de julho, irá encaminhar essa situação.
Também estiveram no encontro a presidente do Conselho de Cultura, Maria Cecília Pozza, o presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter, e os representantes do Coletivo Abrace a Maesa Carlinhos Santos e Rachel Zilio.
Pedido de informações - O vereador Bueno protocolou hoje um pedido de informações ao Executivo solicitando respostas para várias situações de degradação na área ocupada pelo município, vistas na visita de segunda-feira. O documento será discutido na sessão do legislativo desta quinta-feira (12/07).
"Eu vi uma postura correta e responsável da empresa na área que está ocupando, inclusive com preservação ao meio ambiente, e lamento que a prefeitura não esteja fazendo a sua parte, já que está com o domínio de 70% da Maesa e poderia estar fazendo intervenções de manutenção, ao menos. Vamos ver o que respondem sobre as informações que solicitamos oficialmente, porque o secretário (da Cultura) induziu todos ao erro ao reclamar apenas da empresa e não assumir a parte do município", ponderou o parlamentar.