Com a presença de 36 funcionários demitidos da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), em plenário, o vereador Renato Nunes/PR ocupou a tribuna do Legislativo caxiense, na sessão ordinária desta terça-feira (03/07), para abordar a questão dos desligamentos. As demissões foram realizadas após o contrato entre a Codeca e o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) ser rescindido.

Nunes ressaltou que o objetivo da atual Administração Municipal não é sucatear ou acabar com a Codeca. Lamentou as demissões e salientou que nenhuma gestão gosta de demitir. Para o vereador, a situação de desligamento de trabalhadores, na Codeca, vem acontecendo há muito tempo. Afirmou ser preciso repor a verdade e apresentou números de trabalhadores demitidos nas gestões anteriores.

Entre 2006 e 2008, durante o primeiro mandato do ex-prefeito José Ivo Sartori (hoje, governador do Estado), foram demitidos 127 trabalhadores da Codeca, segundo o parlamentar. Ele pontuou que os desligamentos foram realizados em época em que não se falava em crise mundial.

De 2009 a 2012, no segundo mandato de Sartori, foram demitidos 318 funcionários, de acordo com dados, apresentados na tribuna pelo republicano. Quem estava à frente da Codeca, nas duas gestões municipais, era o atual vereador Adiló Didomenico/PTB, o qual, conforme Nunes, teria totalizado mais de 400 demissões, no período. Mais tarde, na gestão municipal do ex-prefeito Alceu Barbosa Velho, de 2013 a 2016, foram demitidas 355 pessoas da companhia, como afirmou Nunes.

A quantidade de cargos em comissão (CC), nas administrações municipais anteriores, também teve ênfase no pronunciamento do parlamentar, que lembrou que, no momento, há menos da metade de CC. Disse que mais de 50% da verba de representação foi retirada, o que resultou na abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte, segundo Nunes.