O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana, Ambiental e Áreas Verdes de Caxias do Sul (Sindilimp), Henrique Silva, ocupou a tribuna da Câmara Municipal na sessão desta terça-feira (03/07). Ele apresentou a preocupação da entidade com a atual gestão administrativa da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), que acumula prejuízos nos últimos exercícios. Além disso, a manifestação foi contrária à demissão de 36 trabalhadores da empresa, ocorrida na segunda-feira (2/07).

De acordo com Silva, reunião realizada com os servidores da Codeca deliberou pelo ingresso judicial de ação com pedido de intervenção na gestão da empresa e pela manutenção do emprego dos funcionários desligados. O presidente do Sindilimp questionou as demissões com o argumento de deficiência no quadro financeiro da Companhia. “É muito estranho que foram chamados de dois a dois e foram demitidos com aviso prévio indenizado. Poderiam, então, ter feito com aviso trabalhado e abrir o debate nesses 30 dias”, comentou.

Na tribuna, Henrique Silva recordou a visita da diretora-presidente da Codeca, Amarilda Bortolotto, à Câmara na quarta-feira (27/06), na qual comentou que o contrato entre a empresa e o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), onde a equipe de servidores demitidos atuava, estava em vias de renovação. Além disso, Silva pediu que o Legislativo seja solidário a um possível projeto do Executivo para encaminhar um aporte financeiro à Companhia: “Precisamos construir uma solução coletiva para a administração da Codeca. Sem isso, com resultado financeiro negativo em 2018 pode inviabilizar a empresa”.

Já o servidor Claiton Machado da Silva, representante da comissão dos empregados demitidos, fez um apelo para que a Câmara defenda os direitos dos trabalhadores da Companhia. Ele ponderou que o grupo desligado tem média de sete anos de permanência na empresa e a situação financeira da Companhia vem se agravando nos últimos dois anos. “A Codeca necessita de forma urgente de uma intervenção de fora”, salientou.