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Projeto de readequação ao trânsito de São Pelegrino provoca debate acalorado

Vereadores divergem sobre possível redução de calçada na avenida Rio Branco


A polêmica sobre possível redução de 75 centímetros da calçada, localizada no lado direito da Avenida Rio Branco, para viabilizar a construção de terceira pista, entre a Av. Itália e a rua Machado de Assis, voltou à tona na Câmara Municipal. Na sessão desta quarta-feira (25), os vereadores retomaram a discussão sobre as medidas da Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade para readequar o trânsito das imediações do San Pelegrino Shopping Mall, com inauguração prevista para o final de setembro. A diminuição da calçada acarretaria corte de 23 árvores. Destas, 19, que ainda não atingiram a maturidade, seriam replantadas junto ao Largo Padre Giordani.

Inconformado com a redução da calçada e o consequente corte de árvores, o vereador Rodrigo Beltrão/PT aproveitou para repercutir audiência pública da última sexta-feira (20). Promovida pela Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, presidida por ele, tratou do assunto no Plenário da Casa. Disse que o encontro complementou reunião anterior, da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte a Habitação, no final de julho. Agora, houve contraponto técnico à proposta da prefeitura, observou.

Para Beltrão, o estudo de impacto urbano, desenvolvido pelo empreendedor do shopping, e pelo qual a prefeitura tem se baseado, só contempla os veículos de transporte. Por isso, adiantou que encaminhará um pedido da Comissão para que a prefeitura promova análise de impacto na circulação dos pedestres.

Em tom veemente, a vereadora Ana Corso/PT criticou o fato de a prefeitura, segundo ela, só ter levado em conta o estudo do empreendedor. A seu ver, interesses comerciais estão prevalecendo aos da comunidade de São Pelegrino. Além disso, há contradição entre os estudos do shopping e o plano de revitalização do bairro, proposto pela Secretaria do Planejamento. Em momento algum, a proposta refere recuo de calçada e corte de árvores, atentou.

Ana também disse que, à época do primeiro estudo de impacto urbano do shopping, em 1992, conforme ela, nenhum técnico da prefeitura teria assinado o documento, a título de aprovação. Ressaltou que, na sequência, a obra seria embargada, já que excedia, em mil metros, a área construída. Hoje, o complexo prevê 41.870 metros de construções.

Por outro lado, Mauro Pereira/PMDB mostrou-se totalmente favorável ao projeto de readequação ao trânsito de São Pelegrino. Garantiu que o shopping contribuirá para o desenvolvimento econômico do município. Disse acreditar que, com três pistas, no trecho em discussão, toda a comunidade do bairro será beneficiada. Rechaçou, ainda, o que chamou de exagero por parte dos parlamentares Ana e Beltrão, ao sustentarem as possíveis adversidades que a terceira pista traria para a região.

A parlamentar Geni Peteffi/PMDB rebateu a posição tomada pelo especialista em Engenharia de Trânsito Mauri Panitz, presente à audiência da última sexta-feira. Ele colocou em dúvida o trabalho dos técnicos da prefeitura. Foi muito deselegante, comentou.

Conforme a proposta de readequação, no trecho de 10,7 metros da Rio Branco, ponteado pela Av. Itália e pela rua Machado de Assis, no sentido Norte-Sul, por onde se dará o acesso principal ao futuro centro de compras, seria construída terceira pista para aumentar, em 50%, a capacidade da via. Atualmente, pelo espaço, passam 1,9 mil veículos por hora.

25/08/2010 - 21:16
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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