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Um debate acalorado instalou-se na sessão desta quinta-feira (22), na Câmara Municipal, a partir da questão envolvendo a redução do espaço de passeio na calçada do entorno da construção de shopping, no bairro São Pelegrino. A vereadora Denise Pessôa/PT ressaltou que as obras deverão diminuir 85 centímetros do espaço e provocar a remoção de 20 árvores. É necessário haver maior ênfase nos interesses coletivos, disse. Ela também defendeu aprovação a projeto de lei, de sua autoria, que obriga empreendedores a se responsabilizarem pelo Impacto de Vizinhança, título da proposta.
Em concordância, o vereador Assis Melo/PCdoB cobrou maior discussão sobre o tema. O parlamentar Ari Dallegrave/PMDB lembrou que, já em 1993, quando da aprovação do projeto de shopping naquele bairro, a população questionava sobre como ficaria o trânsito da região. Para Geni Peteffi/PMDB, o fato de São Pelegrino estar crescendo muito dificulta um equilíbrio entre circulação de pedestres e veículos. Ressaltou, ainda, que, pelo local, passam cadeirantes. Edio Elói Frizzo/PSB arrematou: Se fosse votada hoje, essa construção não teria sido autorizada.
Por outro lado, o vereador Vinicius Ribeiro/PDT criticou o que entende por maximização dos prejuízos apontados pelos colegas que o antecederam. À época da apresentação do projeto, não se falou em redução da área pública de transporte. Por unanimidade, a matéria foi aprovada, levando em conta a obediência ao cumprimento de 2,5 metros mínimos de espaço de passeio, comentou. De acordo com ele, a questão do shopping, em São Pelegrino, resulta de conjunção de interesses, incluindo o da empresa construtora.
Enquanto isso, Ana Corso/PT destacou que as cidades brasileiras precisam seguir exemplos de países como a França, onde, segundo ela, 95% da população utiliza o transporte coletivo. É uma forma de desafogar o trânsito. Mas, infelizmente, no Brasil, recebem privilégio o carro e as vias rápidas, observou. Conforme a vereadora, abaixo-assinado contra o estreitamento da calçada, em São Pelegrino, conta com mais de duas mil assinaturas.