Voltar para a tela anterior.
Na noite desta segunda-feira (19), ocorreu Audiência Pública no Salão Paroquial do bairro São Cristóvão. A estrutura viária e o congestionamento na BR-116 nos horários de pico, sobretudo a partir da encruzilhada de Ana Rech, foram o foco do debate. A Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação colheu indicativos da comunidade local para possíveis soluções.
Representantes do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (DAER) e Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) foram convidados mas não compareceram à Audiência.
O público, formado em sua maioria por moradores da região e representantes de movimentos comunitários, sinalizaram possíveis soluções para desafogar o trânsito próximo ao acesso de Ana Rech. Dentre as sugestões, a abertura e utilização de outras vias, a rua Leonardo Murialdo e a Rota do Sol, como opções para os trabalhadores das empresas, além da duplicação da Avenida Rio Branco no trecho de maior movimento.
Um novo traçado para a BR-116, que afaste a rodovia do perímetro urbano, e a necessidade da instalação de uma terceira pista, bem como passarelas e sinaleiras, para a segurança de pedestres, foram opções avaliadas, assim como a mobilização para um abaixo-assinado da comunidade.
Denise Pessôa/PT concluiu que o problema é baseado na falta de conexões e acessos diferentes que liguem a região ao restante da cidade. A sugestão foi a de entregar às autoridades cópia da Audiência Pública e relatório com as sugestões apresentadas.
Geni Peteffi/PMDB salientou que, atualmente, a responsabilidade pelo trecho da BR é da empresa concessionária Convias. Não temos poder decisório, mas podemos fazer pressão nos órgãos competentes, DNIT e DAER, para que assumam a parte no problema. Como sugestão, a remoção do pórtico de Ana Rech já aliviaria o trânsito.
Gustavo Toigo/PDT lembrou que o período eleitoral é propício para chamar à responsabilidade os governos. Os resultados dessa reunião devem ser encaminhados aos governos do RS e da União.
Para Elói Frizzo/PSB, existe um consenso entre a população sobre as adaptações necessárias. O que pode ser feito de imediato é a manutenção de um acesso usando a Rota do Sol, por meio da própria Prefeitura. A Duplicação da Avenida Rio Branco pode ser uma parceria entre a Prefeitura e as empresas da área.
Frizzo sugeriu ainda que fosse montada um comitiva para cobrar atitudes do DAER e DNIT.
Segundo Assis Melo/PCdoB, projetos são mais efetivos do que abaixo-assinados. É preciso objetividade do poder público.
Arlindo Bandeira/PP acredita que as melhorias no tráfego da região administrativa de Ana Rech trarão mais benefícios para o impulso econômico de Caxias.
Segundo Marcos Daneluz/PT, incomoda que as empresas precisem interferir na gestão pública a locomoção dos funcionários. Mais uma vez, o município terá que interferir.
Rodrigo Beltrão/PT lembra que a infraestrutura não acompanhou o crescimento da cidade, e a Prefeitura precisa se envolver nessas questões.
Renato Oliveira/PCdoB defendeu que algumas sugestões sejam postas em prática de imediato.
O secretário municipal dos Transportes Jorge Dutra explicou que o município tem bancado investimentos na BR-116, como exemplo, 11 pontos semaforizados mantidos na rodovia. Atribuições que não seriam nossas, e sim do governo federal, DAER e da própria Convias. Ninguém quer se responsabilizar pela rodovia.
Dutra anunciou que a Prefeitura realiza estudos no que se refere à reserva de áreas para um novo traçado para a BR-116.
O presidente da Comissão Mauro Pereira/PMDB lembrou visita feita pelo diretor geral do DAER à Caxias em 2009. Mesmo com a promessa de soluções, não houve nenhuma ação prática do departamento. Tudo o que foi levantado na audiência será repassado ao DAER, DNIT, Governo do Estado, e aos deputados federais pelo Rio Grande do Sul.
Compõem a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação o presidente Mauro Pereira/PMDB, além dos Vereadores Denise Pessôa/PT, Geni Peteffi/PMDB, Elói Frizzo/PSB e Gustavo Toigo/PDT.