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A matéria, de autoria do Executivo, prevê que os recursos sejam encaminhados a título de adiantamento de capital, para complementar os valores necessários à operação que definiu a aquisição de seis caminhões e 1,8 mil contêineres. Dos R$ 10,8 milhões necessários, a Prefeitura arca com o valor proposto, enquanto a Codeca financia os R$ 7 milhões restantes.
A aquisição dos novos equipamentos substituirão os utilizados atualmente, que são alugados, o que deve reduzir custos e permitir a expansão da terceira fase do sistema.
Segundo Ana Corso/PT, a bancada do PT entende que uma empresa pública deve arcar sozinha com seus custos. A Vereadora questionou o porquê dos equipamentos não terem sido comprados pela empresa desde o início, ao invés de serem locados.
Os aportes financeiros constantes do Executivo não resolvem a questão da Codeca. Pelo contrário, fazem com que a dívida cresça, que com isso chega aos R$ 10 milhões. Com mais esse repasse, a propaganda de boa administração da Codeca cai por terra, pois o sistema de mecanização não pode ser ampliado sem o constante apoio financeiro da Prefeitura.
Elói Frizzo/PSB salienta que a Codeca é essencialmente uma empresa pública, por isso responsabilidade do município.
Conhecemos os escândalos que ocorrem em municípios que optaram por parcerias com empresas privadas na manutenção do saneamento público. A gestão do PT teve vários problemas com a administração da Codeca, o que não aconteceu nesse governo.
Para Gustavo Toigo/PDT, os investimentos em saneamento são claros, e a coleta mecanizada, um sistema inovador e vitrine para cidades em todo o país. Uma gestão deve ser focada em resultados, o que é o caso.
Peemedebistas se manifestaram a favor do repasse. Mauro Pereira salienta que uma empresa pública forte maximiza os benefícios, e o repasse de recursos apenas fortalece um patrimônio que já é da Prefeitura.
Ari Dallegrave afirmou que o governo Sartori assumiu a Codeca com impostos atrasados, segundo ele fruto de má-gestão da administração petista. Os diretores atuais tiveram que fazer empréstimos em nome próprio para dar andamento ao trabalho da Codeca.
Rodrigo Beltrão/PT defende que os questionamos feitos pelo PT focam-se nas mesadas da Prefeitura para uma empresa que é paga pelos serviços prestados. Ainda segundo Beltrão, a ampliação do sistema de contêineres segue um processo de elitização, no qual regiões populosas da cidade ficam desamparadas.
Não há dúvida de que o sistema é benéfico, e juridicamente o negócio já foi implementado. Porém, o repasse recai sobre o caixa da Prefeitura, e a Codeca deve ser coerente com o discurso de autossustentabilidade que utiliza. A Prefeitura não pode servir de banco.
Marcos Daneluz/PT defende que mesmo com problemas no passado, a Codeca realizou inúmeras obras na administração popular.
Sou contra repasses não-fundamentados, o que não parece ser caso. Há dúvidas na forma de expansão do sistema, o que é outra discussão. O fato é que a Codeca sai do aluguel dos equipamentos, e amplia um serviço extremamente útil à população.
Para Denise Pessôa/PT, é preciso avaliar a gestão, que não é das melhores segundo os dados da própria Codeca, cujo discurso de empresa bem-sucedida se baseia nos aportes da Prefeitura. Porém, o serviço é aprovado pela população. E a aquisição dos contêineres e ampliação do sistema vem ao encontro disso.
Geni Peteffi/PMDB rebateu as críticas de má-gestão à Codeca, defendendo que o repasse é para investimentos, e não com o objetivo de tapar buracos financeiros da empresa.
A Vereadora ainda discordou dos argumentos que sinalizam elitização por parte da Codeca na distribuição dos contêineres pela cidade, explicando que é uma questão de logística a operação começar do centro em direção aos bairros. A Codeca não trabalha pelo lucro, e sim para se manter e prestar seus serviços. Quem vota contra não aprova os contêineres na rua.